Numa sessão de discussões
desde as demissões de comissionados da prefeitura até a “nova chance” a 12 réus
do mensalão decidida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na data de hoje, os
vereadores de Embu das Artes votaram a favor de dois projetos de Leis de
autoria do Prefeito Chico Brito, após cerca de uma hora reunidos em sala
fechada na sessão desta quarta-feira, dia 18.
A de nº 62/2013 dispõe sobre
celebração de convênio com a Secretaria de Educação do Governo do Estado de São
Paulo para a aquisição de veículo adaptado para alunos deficientes da rede
municipal. Já a Lei de nº 63/2013 autoriza a criação de dotação orçamentária de
recurso para complementação de contrapartida para recebimento de verba para
instalação de seis câmeras de monitoramento no Parque Pirajuçara.
O vereador Carlinhos foi o
primeiro a levantar a discussão das demissões dos comissionados. Ele disse que
seria contrário a Lei de redução salarial, afirmou que em assembléia ficou
acertado que 15% do salário seria reduzido, mas que nenhum comissionado iria
ser demitido. Luiz Calderoni disse que foram dispensados entre 30 e 40
comissionados.
O presidente da Casa, Doda
explicou que o prefeito tinha intenção de reduzir os salários, mas mesmo com
redução para atender a Lei de Responsabilidade Fiscal precisava mandar algumas
pessoas embora. “Foi um remédio amargo, mas tenho certeza que são ótimos
profissionais e vão ser colocados no mercado de trabalho o mais rápido
possível”, afirmou.
João Leite (PT) frisou que
nenhum vereador votou enganado. “O prefeito chamou todos os comissionados e
mesmo com redução teve que mandar pessoas embora”, explicou. Segundo ele, a
redução de custos é para a prestação de contas. "Nunca o prefeito deixou
de avisar pelo respeito com os comissionados".
Júlio Campanha afirmou que
as demissões foram “um remédio amargo para alguns, mas necessário para
administração”. Ele começou a discussão, em relação à decisão do STF de
garantir uma “nova chance” aos doze acusados pelo mensalão. “Estou indignado
por conceder um novo julgamento. Essa é a falência do Supremo Tribunal
Federal”, disparou. Partiu dele também o ditado que “na política tudo termina
em pizza”.
Rosana, por sua vez afirmou
que após essa decisão é o momento da população ir para as ruas como uma forma
de mostrar se gostou da decisão ou não. “Advogado estuda, conhece as Leis que
para alguns servem, outros não”. Edvânio defendeu a decisão. “Cada um sabe de
que forma se defende. O juiz tem direito constitucional”, justificou.
Jabá questionou se a decisão
do juiz não é irônica e, ainda levantou a questão se uma pessoa de baixa renda
teria uma segunda chance por roubar, por exemplo, um quilo de fubá. “Será que
eles que perderam o direito merecem uma segunda chance”, pontuou. Doda resumiu
o assunto aconselhando os vereadores para que conheçam o assunto para discutir
com mais profundidade.
Fonte: Jornal Na Net
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