O clima tenso entre os
vereadores aconteceu durante discurso de Sangbom e foi marcado por aplausos e
até “tiração de saro”. Ele citou mais de quatro vezes o nome de José Martins na
tribuna, sugerindo que o edil
e mais outros vereadores fossem com ele para a rua a fim de ouvirem a população se realmente a cidade está boa ou ruim e, se a resposta for favorável ele pedia desculpa durante sessão. Sangbom afirmou ainda que a cidade está ruim, citando bairros como Branca Flor e Jardim Sampaio.
e mais outros vereadores fossem com ele para a rua a fim de ouvirem a população se realmente a cidade está boa ou ruim e, se a resposta for favorável ele pedia desculpa durante sessão. Sangbom afirmou ainda que a cidade está ruim, citando bairros como Branca Flor e Jardim Sampaio.
Martins pediu uma parte, não
concedida por Cícero, uma vez que o regimento não permite a parte na 2ª ordem
do dia. “Na próxima o senhor pode se inscrever e apartear o vereador”, disse
Cícero. “Fica nervoso quando falo que está ruim, mais está ruim mesmo”, debateu
Sangbom. Eles chegaram a falar ao mesmo tempo [no mesmo tom de voz] e Costa
interveio: “Vossa excelência está quebrando o regimento”, disse a José Martins
e minutos depois ele respondeu: “Você cita eu, não é para citar” e o vereador
rebateu: “citei nome, não ofendi em momento nenhum”. “Você é achincalhado”,
afirmou Martins e Cícero apaziguou falando a Edicarlos: “se não se ater aos
fatos vou contar o microfone”.
A Lei dos Mananciais foi
alvo de críticas feitas pelo vereador Antônio Trolesi. Ele defendeu a junção
dos vereadores e governo estadual a fim de mudar a Lei para que a cidade se
desenvolva. “Estamos fadados infelizmente a morrer junto com a lei dos
mananciais. Se a gente não tiver uma forma de mudar a lei, vamos ficar
discutindo, batendo e não vamos chegar a lugar nenhum”, afirmou. De acordo com
ele as cidades de Cotia, Taboão e Embu que faziam parte de Itapecerica
cresceram porque não tem restrição para crescer. “Aqui só pode entrar mecanismo
ou instrumentos sociais do governo do estado, como o Cadeião, enfiado goela
abaixo que está jogando detritos em nossos córregos. O governo fez a lei, mas é
o primeiro a poluir o município”, disse.
Trolesi falou sobre o
“sufocamento” do trânsito após o Rodoanel, sem garantia da alça de saída.
“Melhora leito, mais não amplia. 20 metros de rua, cetesb embargou e o prefeito
correu atrás para liberar”. De acordo com ele a cidade cresceu na questão do
comércio, número de habitantes, mas não as indústrias, que trás renda ao
município. “Não existe indústrias depois da Lei de mananciais de 1976. A Natura
foi embora”, disse. Ainda, segundo ele moradores procuram emprego em Embu que
teve construções de diversos galpões, Taboão e São Paulo.
“Sozinho não vou conseguir
mudar a lei. Se não juntarmos aqui, usarmos da prerrogativa que o Governo tem
influencia direta com o governador não vamos conseguir”, disse. Ele pontuou que
o ex-prefeito Lacir deixou vir cadeião não exigiu nada em troca, “falhou
muito”, segundo o vereador. Partiu dele criticas a construções de moradias
populares para moradores do MTST que não moram na cidade. “Precisa levar
escola, tudo. Nem IPTU eles pagam no município. Se fossem daqui tudo bem, mas
moram fora”.
O vereador Ernandes, também
defendeu a junção das forças para melhorar a cidade. Ele lembrou da dificuldade
enfrentada pelos moradores que precisam descartar terra e não tem local
adequado. “Nós sozinhos não vamos avançar de forma nenhuma. Não se pode tirar
caçamba de entulho. Temos que ter discussão para quebrar a lei e Itapecerica
ter local adequado para o despejo para acabar com o bota-fora porque se é
irregular, alguém está ganhando com isso”, afirmou. Sangbom denunciou
bota-foras na Lagoa e estrada dos Campestres e frisou que a maioria dos fiscais
[36 de acordo com ele] não fiscalizam nada.
O vereador Hércules da
Farmácia foi o primeiro a discorrer sobre a entrega dos veículos as secretarias
municipais, caracterizando a entrega como “um progresso”. “Economiza-se
dinheiro aos cofres públicos, porque com isso vai deixar de alugar os carros,
que davam despesas”. Ele defendeu a convocação de uma reunião com a empresa
responsável pela cobrança da Zona Azul da cidade “Dinâmica Administração e
Representação LTDA”, a fim de achar algumas alternativas que deixem satisfeitos
comerciantes e motoristas. “O modelo digital não está funcionando. Os
comerciantes se sentem prejudicados”, afirmou.
Em relação ao trânsito, o
vereador afirmou que tudo que está sendo feito vai melhorar um pouco, porém
defendeu a abertura de vias. “Vamos pensar em tentar resolver mais seriamente o
problema, abrindo novas vias, três, quatros o que der para fazer”.
José Martins, durante seu
discurso na tribuna avaliou que não dá mais para reformular as vias da cidade e
afirmou que é a política quem modifica a sociedade e a cidade. Ele defendeu
fiscalização e comportamento gentil do pedestre. “Motorista precisa se
reformar. Respeitando o trânsito, pagando multas”, disse. Em relação ao
maquinário da prefeitura, ele observou que não eram poucas máquinas que estavam
“baixadas”. De acordo com Martins foram levantadas, três a quatro
retroescavadeira e também a mesma quantidade de pratol. “Pouco a pouco a frota
vai se levantando. Vamos vendo as coisas acontecerem sem esquecer, fechar os
olhos e tapar o sol com a peneira dos nossos problemas, que não são poucos, em
todas as áreas, mas o que está indo bem precisa ser registrado”, afirmou. Por
fim, ele citou sobre a revista trilíngue Winners Book que abordou Itapecerica
da Serra, nesta edição.
Sangbom discorreu sobre a
revista cobrando, segundo ele sobre a promessa de Chuvisco que teria dito que
incluiria o Espanhol na grade escolar, no 1º mês de mandato. “A revista é
bonita, mas a realidade de Itapecerica é outra. Está aqui a represinha, falta
maquinário, falta tudo”, disse. De acordo com ele, a cidade está ruim.
“Entregou vários carros, fez a obrigação dele. Nós ganhamos para trabalhar.
Chuvisco ganhou para representar e está representando mal. Ele [Chuvisco] é
continuidade do Jorge [Costa], herdou do pai.”, disparou. Por fim, o vereador
chegou a dizer que renuncia o cargo de vereador amanhã se tiver algum cargo de
confiança na prefeitura, “como dizem que eu tenho”.
Por fim Cícero Costa pontuou
que os vereadores podem falar o que acham na tribuna, sem direcionar a fala a
nenhum vereador. Segundo ele, medindo forças nós [vereadores] não vão alcançar
nenhum resultado. “Temos que discutir dentro de uma coisa que tenha lógica não
como forma de provocação. Nós não aceitamos, aqui é um parlamento onde tem que
ser discutido mesmo. Dentro de um certo critério”, afirmou.
Partiu dele alfinetada em
Sangbom afirmando que ele não teve interesse em ir à Brasília, apesar de ter
sido convidado. Ele frisou que os bota-foras “são comércios” e ressaltou que a
Lei chega até a “doer” de tão rígida. Costa, afirmou que uma moradora chegou a
trazer fotos de dois caminhões carregados de entulho, um deles saiu até com a
caçamba levantada. Mas, estavam sem placas. Ainda, segundo ele sete a oito
caminhões de lixos que estavam na base da GCM foram reaproveitados em 3
carrocerias, 4 vasculantes e 4 retroescavadeiras e concluiu falando de algumas
obras feitas e conquistadas pela cidade através de muito empenho. “Três
viadutos. Retornou pavimentação da alça de ligação dos Francos com o Jacira,
estrada da ligação com o Calu”, entre outras - pontuou.
Fonte: Jornal Na Net
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