Mas, de onde vêm as
decisões? Processos decisórios são formados basicamente por duas vertentes:
razão e emoção. Apesar de possuírem significados distintos, para concretizarem
uma decisão, dependem extremamente uma da outra, ou seja, são como faces
complementares de uma mesma moeda. Uma decisão não deve nunca, por motivo
justificado ou não, tender com mais intensidade para uma das extremidades.
Cada
situação requer sua decisão específica, distinta, e tal especificação tende a
ser imposta pelo ambiente externo.
Vitor Turri, estudante de
administração na UFMT propõe algumas reflexões: “A palavra decisão está
diretamente relacionada com o termo consequência. Será que você conseguiria
imaginar quais seriam, então, as tais consequências se invertêssemos,
aleatoriamente, as nossas respostas diárias? Aposto que o resultado seria um
pouco quanto confuso. Será que as pessoas, no decorrer de suas rotinas, são
capazes de contabilizar o número de decisões tomadas por elas, mesmo que
involuntariamente? Sejam decisões em casa, no trabalho, no trânsito, num
diálogo com os filhos, enfim. Acredito que ninguém tenha parado para pensar e
refletir sobre o contexto abordado“.
Para a psicóloga Larissa
Li, head de RH, realmente o processo é complexo: “Acredito que, em
determinados momentos, a situação pede que a decisão seja mais emocional ou
mais racional. Na vida corporativa, por exemplo, uma decisão focada em custos,
provavelmente pedirá uma análise mais profunda de dados quantitativos e
objetivos, o que facilitará uma decisão mais racional e pautada em estatísticas
e números. Diferente de uma decisão afetiva, que penderá mais para o emocional
e para o subjetivo”.
Mesmo parecendo simples,
tomar uma decisão é algo bastante complexo, onde uma falta de atenção qualquer
seria capaz de gerar uma consequência indesejável. Sempre buscamos um
equilíbrio e, para isso, voltamos à questão do autoconhecimento. Para sabermos
se a balança pesa mais de um lado ou do outro, precisamos ter consciência de
nós mesmos e do que está nos levando àquela escolha.
Vitor alerta: “Lembre-se,
sempre que o verbo “decidir” bater à sua porta, respire, preste muita atenção,
analise o ambiente e opte pela melhor escolha de maneira consciente e eficaz,
sempre considerando suas principais composições: a razão e a emoção”.
Larissa ainda dá um tom
complementar: “Decidir por algo é sempre abrir mão de outras infinitas
possibilidades. No fim, sempre fazemos uma aposta baseada em dados ou em
intuição, é uma aposta, pois nunca conseguiremos olhar ou analisar todas as
variáveis possíveis. O processo de decisão tem a ver não só com um processo de
escolha, mas também com nossa vontade de arriscar.”
Fonte: revista Exame
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