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ESTE É UM ESPAÇO DE DISCUSSÃO PARA DESENVOLVIMENTO PESSOAL E PROFISSIONAL

terça-feira, 2 de abril de 2013

O PAR IDEAL

Equilíbrio da remuneração: o embate entre empresa e mercado





Para iniciar um tema tão delicado, primeiramente preciso registrar: este é um tema recorrente e sempre será! Do lado da empresa, boas decisões relacionadas à remuneração podem ser a diferença entre falir ou operar de modo sustentável por longos anos. Do lado do colaborador - a remuneração não é apenas o fator principal na relação de emprego, aliás, o que tem se mostrado o mais atrativo do que uma "boa remuneração" do ponto de vista do colaborador, é a capacidade da empresa de fazê-lo visualizar possibilidades de futuro e crescimento na empresa de acordo com seu desempenho, ou seja, possibilidades de ganhos salariais gradativos e constantes.
Manter o equilíbrio interno e adequar o interesse das pessoas às possibilidades de remuneração da empresa é um dos objetivos do Gestor de RH.
Nos últimos anos, o mercado brasileiro criou o que chamamos de "bolha de remuneração". Com a escassez de mão de obra qualificada, as empresas fizeram de tudo para reter e atrair novos talentos. Com isso criaram uma "inflação" salarial, e agora com a retração do mercado de consumo brasileiro e a queda no desempenho de rentabilidade dos negócios, existe uma preocupação eminente: as empresas não estão conseguindo sustentar suas folhas de pagamento e antes mesmo das organizações entrarem no segundo semestres elas precisam parar para rever seus orçamentos.
Nos últimos 13 anos o mercado de consumo brasileiro cresceu com força, fruto de políticas econômicas e empreendedorismo de nosso povo. Entramos agora em uma fase de estabilização, ou seja, nos próximos anos a tendência é que o mercado brasileiro cresça pouco e gradativamente, movimento natural da economia. O problema é que as empresas adotaram políticas de remuneração focadas apenas em pesquisas salariais de mercado e agora já percebem que terão dificuldades de pagar os salários dos colaboradores se mantiverem sua estrutura atual de folha de pagamento com o crescimento modesto dos mercados.
Recentemente tenho sido procurada pelas empresas exatamente pela preocupação inversa de dois anos atrás, ou seja, no passado recente o "cofre estava aberto", as empresas preocupavam-se em implantar uma política de remuneração com valores salariais muito atrativos e agora, ao entrarmos nessa estabilidade econômica, o movimento é inverso: muitas empresas estão buscando rever a política, pois não sabem como tratar sua folha de pagamentos e já demonstram preocupação com demissões!
Ocorre que o mercado da remuneração, inflou assim como o mercado imobiliário brasileiro, ou seja, o preço dos imóveis elevou-se em níveis inimagináveis, a remuneração nas empresas também. O resultado para ambos foi: as pessoas não estão conseguindo comprar imóveis devido ao custo elevado desta aquisição e as empresas começam a demonstrar dificuldades em pagar os salários. Tão simples quanto isso!
A lição que aprendemos aqui é que a progressão de qualquer mercado, seja o imobiliário ou o mercado de trabalho, principalmente na questão remuneração, tem que ser gradativa, pois este movimento ocorrendo de maneira brusca irá gerar sequelas irreparáveis em curto prazo. Em português claro, isso significa: estagnação salarial futura, estagnação dos mercados por conta da não evolução salarial e por fim, desemprego. É isso mesmo!
Bem, é exatamente para evitar este "desespero" que a empresa precisa ter um plano de cargos e salários estruturado, com critérios técnicos e justos, preferencialmente utilizando métodos que privilegiem o equilíbrio interno, ou seja, sua possibilidade de arcar com seus compromissos salariais e não apenas métodos que foquem apenas o mercado, pois estes têm sido os grandes vilões de empresas que já apresentam dificuldades financeiras e falta de condições de arcar com sua folha de pagamentos.
Para facilitar o entendimento sobre a questão "remuneração", preparei uma lista de dicas para empresas e outra para colaboradores. Estas dicas podem ajudar muito em sua decisão sobre um novo emprego e uma proposição salarial, podem ser a diferença entre demissões ou contratações.

Para as empresas

- Reveja seu Plano de Cargos, Carreiras e Salários urgentemente.
- Tenha preferência por metodologias que privilegiem o equilíbrio interno, como é o caso da metodologia de pontos Huczok Leme Consultoria.
- Faça uma previsão da progressão da remuneração em sua folha de pagamentos para ao menos cinco anos. Caso o crescimento do negócio não seja compatível com a tabela salarial adotada na empresa, pule fora e reveja sua estratégia!
- Análise a realidade econômica e a possibilidade de ampliação de seu mercado e compatibilize a condição de remuneração ao mercado em que sua empresa atua.
- Perder colaboradores faz parte do mercado. A retenção só é válida se for possível pagar o salário, mantendo sua empresa saudável. Reter a qualquer custo é uma estratégia suicida!
- Pesquisas salariais do mercado são referenciais e não a regra do jogo.
- Jamais confie em pesquisas salariais que considerem a "intenção" de ganhos dos candidatos. Muitas empresas de cadastramento de currículos, via internet, oferecem pesquisas salariais de intenção de ganho e não salários realmente pagos nas empresas.
- O mercado é cíclico. Isso quer dizer que existem momentos de abundância de mão de obra e momentos de escassez. Nos momentos de escassez, não perca de vista sua estratégia. Ela será importante para a sobrevivência de seu negócio.

Para os colaboradores e candidatos

- Desconfie de salários muito acima da média do mercado. Empresas que pagam salários muito elevados são as que mais demitem no Brasil. Ao ser desligado você terá muita dificuldade em se recolocar no mercado de trabalho e acabará tendo que "rebaixar sua carteira", como é popularmente conhecido. Fique esperto!
- Promessas de salários elevados no curto prazo não existem! Mais vale um crescimento gradativo e constante do que crescer rápido e ter emprego por pouco tempo.
- O valor de uma função no mercado deverá ser sempre compatível com o ganho que a empresa tem. Se o salário está muito acima, tem algo errado e pode ser um emprego de curto prazo que irá gerar frustração em você.
- Existem profissões que pagam melhores salários e profissões que pagam salários mais modestos. Quer crescer na carreira: estude bastante, foque o seu autodesenvolvimento, tenha um desempenho acima da média.
- O crescimento de massa salarial saudável é aquele que é gradativo. Acredite: se veio rápido, vai embora rápido!

MUDANDO PARA MELHOR



Lutar contra aquilo que você não quer não irá – necessariamente – criar o que você quer. Punir aqueles que lhe causaram sua presente dor não fará nada para diminuir essa mesma dor. Às vezes, diante de uma situação difícil, o prospecto de fazer uma mudança pode ser algo bastante atraente. Porém, se tudo o que você deseja é mudança pela mudança em si mesma, você poderá se colocar numa posição ainda pior do aquela onde você se encontra. Para que ocorra uma real e significativa mudança, é necessário que você não dê mais atenção à negatividade do passado, mas que você se concentre positivamente em focar no futuro. O futuro só pertence a Deus. Faça Dele o seu parceiro para uma mudança que venha a refletir-se não apenas nos poucos dias da vida humana, mas em toda a eternidade.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

NO PENSAMENTO

Empreenda sem deixar de dedicar tempo para o crescimento do negócio








A ideia de abrir um negócio próprio já faz parte dos projetos de boa parte dos brasileiros. De acordo com uma pesquisa divulgada recentemente pela Endeavor, nos últimos dez anos, o número de empreendedores no país cresceu 44%. Hoje, a cada quatro pessoas que você encontra, três têm o desejo de montar uma empresa. No total, já são cerca de 27 milhões de pessoas envolvidas na criação de um empreendimento.
Para muitos, ser o próprio chefe é sinônimo de uma vida tranquila, com tempo para família, lazer, esporte e passeios, ou seja, uma vida completamente diferente de quando se é empregado. Porém, essa é uma realidade que está longe da maior parte dos empreendedores. Diria que essa é apenas mais uma lenda do mundo corporativo.
Em muitos casos, ao assumir um projeto novo, surge um processo invisível e silencioso que acontece no começo de muitos negócios, a “Síndrome da Fusão”: quando a vida pessoal se une com a vida empresarial. Empresa e vida pessoal se transformam em uma única coisa e nesse momento, começam a aparecer muitos problemas. Um sintoma clássico dessa síndrome é quando o pró-labore se mistura ao caixa da empresa.

Existem muitos sintomas da síndrome da fusão, no entanto, o caso se torna grave quando o empreendedor acha que essas ações estão certas! Esse é o momento em que ele descobre ter se transformado no pior tipo de patrão: o patrão de si próprio.  Uma pessoa exigente, que cobra por resultados,  sem ter superiores para pedir folga e que precisa trabalhar o máximo possível para a empresa crescer, mantendo todas as pessoas que agora dependem dele. O estresse toma conta, a ansiedade aumenta, os papéis se misturam, os problemas crescem e a empresa começa a quebrar.
Muitas vezes o próprio empreendedor não consegue enxergar esse cenário e só toma consciência da situação quando já é tarde demais. É fundamental que os papéis estejam separados e que apareçam dois perfis essenciais para o negócio: o técnico e o empreendedor.

O papel de técnico é o executor, que tem o conhecimento acumulado para criar e desenvolver os produtos e serviços da empresa, seu pensamento é o agora e a visão focada no seu ambiente de operação. O papel empreendedor é aquele  que busca oportunidades, planeja o negócio a longo prazo, investe no desenvolvimento de estratégias, tem visão e sonhos para a empresa.

O problema para a maioria dos empreendedores é que o papel de técnico acaba tomando controle da vida e da empresa. Esse é um grande perigo. O técnico como todo executor, gosta de acumular o máximo possível de responsabilidades, pois tem como conceito, que devido ao seu conhecimento e experiência, é a pessoa ideal para fazer o trabalho bem feito. Essa atitude acaba tomando um tempo precioso do empreendedor que se vê absorvido pelo dia a dia operacional do negócio e não consegue ter tempo para que o papel de empreendedor apareça.

A parte mais difícil nessa história é fazer o empreendedor entender esse conceito. Quando olhamos a empresa pelo papel empreendedor, ela é vista como uma forma de negócio que deve crescer para atingir os objetivos pessoais e não comprometê-los. A empresa não é sua vida e sua vida não é a empresa. Nesse conceito, o empreendedor se foca para a empresa crescer cada vez mais, dependendo cada vez menos dele.

Um excelente começo para deixar o papel de empreendedor aflorar é dedicar algumas horas por semana para isso. Talvez para o lado técnico, ele diga que é “impossível se afastar 1h da empresa”, mas quanto mais o empreendedor aparecer, menos o técnico ficará dando desculpas, pois ele será domado com planejamento, estratégia e delegação. Minha sugestão é que você tire um ½ período por semana para se dedicar ao planejamento do seu negócio. Se possível se afaste do escritório para evitar ser interrompido. Você quer ter uma empresa lucrativa e que funcione bem, mas para isso é preciso dar tempo ao seu empreendedor!

Plantio



O mundo é pura física: “ação e reação“. Colhemos exatamente o que plantamos, por isso, se as lágrimas de hoje são um mistério, basta vasculhar lá atrás as sementes que espalhamos. Mas, assim como na horta que cultivamos, podemos arrancar as ervas daninhas a qualquer hora, e preparar o terreno para outra semeadura. também em nossas vidas, podemos plantar as nossas melhores sementes, podemos cuidar dos nossos sentimentos, elevando a qualidade dos nossos pensamentos, regando carinhosa e pacientemente nossas atitudes. Não espere milagres, comece agora a sua horta, mãos na terra removendo a ilusão, enxada do amor próprio para remover velhas dores, que estão fixas como “raízes em nós mesmos”. E tenha paciência, esperar faz parte da sabedoria, um pé de abacate pode demorar 5 anos para dar frutos, mas quando começa a produzir, pode durar um século. Que a sua felicidade seja uma árvore centenária, ainda que demore para começar a dar frutos, que seja perene e se espalhe pelo vento, como pólen amoroso da própria vida. Vida que convida: vem plantar amor!