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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Realmente home office é válido?



Semanas atrás o Yahoo decidiu que seus colaboradores não poderão mais trabalhar em home office e deverão ir ao escritório todo dia. Há tempos não se via uma comoção tão grande! Blogs, articulistas, até a The Economist, criticaram a decisão. O Yahoo foi chamado de retrógrado para baixo.

Na opinião de Thiago Zanon, diretor de RH na Tishman Speyer, não temos elementos suficientes para julgar se o Yahoo está certo ou não: “Apenas eles sabem das necessidades e da realidade de seus negócios. Será que houve abusos? A produtividade caiu em vez de subir? Essa é uma decisão que inicia uma transformação muito maior na estratégia da empresa?”

Thiago salienta que toda essa discussão parece meio fora de foco. Para ele, home office requer maturidade e objetivos claros e firmes para funcionar e alguns grupos específicos realmente precisam dele, por exemplo, mulheres com crianças pequenas, pessoas com dificuldade de locomoção etc.

Lana Leal, executiva na HR Academy, se posiciona no time que é favorável ao home office, mas salienta que é preciso ser responsável e disciplinado. Ela diz: “Acredito que a partir do trabalho em equipe, reuniões e conversas paralelas no corredor geram ideias e melhoram o trabalho no dia a dia, mas da forma que vivemos hoje, cuidar da saúde, família, trabalho e vida interior em apenas 24 horas não é suficiente. Sem falar no trânsito ou na distância que muitos enfrentam para chegar até o trabalho. Por que não facilitar um dia ou dois por semana trabalhando home office? Sua produtividade cairá? Depende de como você encara isso!”

David Ulrich publicou, em 2010, um livro chamado Porque trabalhamos, ali, ele resgata que as pessoas trabalham em busca de significado (além do acerto de contas no final do mês), e que esse significado é construído também pelas relações que se desenvolvem no ambiente de trabalho. A energia que resulta dessa interação também produz pessoas mais eficientes, criativas e engajadas. E isso é bom!

Thiago é bastante enfático: “Na minha opinião, deveríamos construir ambientes nos quais as pessoas desejariam estar. Se eu posso ir ao escritório, eu deveria achar isso uma fonte de inspiração e criatividade, algo capaz de fortalecer minhas relações de afeto, de construir minha identidade profissional. Não tenho a menor ideia se a decisão do Yahoo foi acertada, mas tenho quase certeza que existe muito valor no contato que apenas o trabalho em equipe, cara a cara, todo dia, pode trazer. Como quase tudo na vida, existem dois lados para o home office”.

E você, o que acha do home office?

Fonte: Exame

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