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sexta-feira, 12 de julho de 2013

Manifestantes de Taboão, Embu e Itapecerica param Régis e Rodoanel em ato unificado

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Aproximadamente 2 mil pessoas mantiveram a rodovia Régis Bittencourt fechada nos dois sentidos na altura de Embu das Artes por quase 3 horas na noite dessa quinta-feira 11, durante o  ato unificado dos trabalhadores, jovens e movimentos populares das cidades de Itapecerica, Embu das Artes e Taboão, no chamado Dia Nacional de Lutas. Apesar da manifestação ter sido pacífica uma mulher se feriu  após ser atropelada por um veículo que passava pela marginal da Régis em direção ao centro de Embu. A mulher estava em cima do muro que separa as pistas, se desequilibrou e caiu sobre o veículo. Os manifestantes acusaram policiais militares de jogar de cima das pontes do Rodoanel três bombas contra a multidão. Houve correria. 

A manifestação desta quinta só não ficou esvaziada porque os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) das cidades de Taboão, Embu e Itapecerica aderiram em peso ao ato. Rapidamente eles fecharam a Régis Bittencourt próximo da alça de acesso ao Rodoanel. Em menos de cinco minutos já havia pneus queimando na rodovia e uma vasta nuvem de fumaça cobrindo o local. Instantes depois os manifestantes estavam nas pontes do Rodoanel sobre a BR estendendo faixas alusivas ao MTST sob gritos da multidão “ a Br é nossa”, “Criar, criar poder popular”, entre outros. Entre os participantes do ato o sonho do casa própria era elo comum. As crianças traziam na ponta da língua esse desejo.  
 


Foi ao líder do MTST, Guilherme Boulos, que o policial rodoviário federal Ricardo De Paula informou sobre uma liminar concedida por um juiz federal que proibiu o bloqueio de rodovias federais, sob a alegação de que os bloqueios impedem o direito de ir e vir. A manifestação não se referia especificamente ao MTST e por conta disso Boulos não a recebeu, mas acabou se comprometendo a deixar a rodovia com o grupo em poucos minutos.  

Munidos de cartazes, faixas, carros de som, apitos e também tambores os manifestantes tomaram ruas do centro de Embu e Taboão. Em Taboão a mobilização reuniu menos de 50  pessoas na praça Luiz Gonzaga, que subiram a Kizaemon Takeuti e  seguiram rumo a Rodovia. m Itapecerica, cerca de dez jovens seguiram para a praça 21 de Abril, centro de Embu, afim de unificar forças. Na cidade, nenhum movimento foi realizado, poucas pessoas foram até a Praça Largo da Matriz. Durante todo o trajeto era constante o apoio dado pelos motoristas e comerciantes por onde os manifestantes das três cidades passavam. 


 

 Os movimentos da região fizeram coro à pauta nacional do Dia de Lutas que pede o fim da violência policial nas periferias e contra a criminalização das lutas populares, a tarifa zero para o transporte público, exigindo mais saúde e educação no chamado padrão FIFA, contra o uso de dinheiro público na Copa e Olimpíadas, reivindica controle sobre o valor dos aluguéis e a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salário. 
O MTST e o Periferia Ativa apresentaram aos governos a pauta de reivindicações que o combate à especulação imobiliária, implantação de política federal de desapropriação de terrenos ociosos e destinação de terrenos da União (SPU) para habitação popular, política de combate a despejos forçados,qualificação e desburocratização do Programa MCMV Entidades e pela construção de política federal de aluguel social. 

Várias empresas encerraram o expediente mais cedo devido ao ato e alguns comércios baixaram as portas no período da tarde.

Fonte: Jornal Na Net

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