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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Evilásio evoca “justiça de Deus” e ataca juíza e polícia



Na última segunda-feira, dia 9, durante encontro com os camelôs de Taboão da Serra, no Cemur, o prefeito Evilásio Farias usou parte do seu discurso para atacar a polícia e a justiça da cidade. Visivelmente nervoso, ele disse, para mais de 150 pessoas presentes, que a transferência da juíza Flávia Castellar Olivério [na verdade ela foi promovida] e da cúpula da Polícia Civil, além do suicídio do investigador Ivan Jerônimo, foi “justiça de Deus”.

Logo após apresentar uma série de propostas para os ambulantes, Evilásio começou a falar sobre o esquema de corrupção que atingiu seu governo no ano passado. O prefeito disse que o esquema de corrupção acontecia desde 2004 e que ele exonerou os servidores que praticavam os crimes contra os cofres públicos, mas os mesmos teriam ensinado o esquema aos novos servidores.

De acordo com Evilásio, ele, na época, chegou a entregar a lista com o nome dos acusados para a Polícia Civil. “Entreguei a relação dos funcionários corruptos para a polícia. A polícia não quis investigar, não quis apurar e nem processar ninguém. A impunidade não estimula o crime? Aí funcionário antigo que nós exoneramos, vieram dar aulas para os novos. E tem coisa que se aprende rápido, os novos aprenderam. Só que se deram mal, porque agora a prefeitura tem um sistema que descobre e nós descobrimos. Descobrimos e prendemos o cara na hora em que ele estava dando baixa”, disse.

O prefeito Evilásio disse para os camelôs presentes que após a prisão do funcionário [Márcio Carra]ele ordenou que o acusado fosse entregue para a polícia. “A polícia em vez de ajudar a gente a investigar se tinha mais gente, não! Preferiu fazer um trabalho político. Preferiu prendeu assessor, secretário, que ajudaram a descobrir a corrupção”.

Evilásio aumentou o tom das críticas: “Mas se a justiça daqui não funciona, a justiça de Deus existe, ou não existe? Sabe o que aconteceu agora? A juíza foi transferida, prendeu um bocado de inocente, foi na onda de um policial da cidade. A polícia foi toda afastada da cidade, uns vão ser presos, outros vão ser processados, outros condenados, outros expulsos da polícia, outros nunca mais vão trabalhar na delegacia. E tem um, com medo de ir preso, até se suicidou. Então veja que a justiça de Deus existe”, afirmou.

O prefeito ainda disse que a polícia errou nas investigações e que esse suposto erro não foi explicado para a população. “Ninguém vem dizer ao povo que a polícia errou, que a polícia queria fazer um trabalho político, prender gente inocente só para chegar perto do prefeito e não quis investigar pra ver se tinha mais gente roubando. E não foi atrás das pessoas que deram baixa na prefeitura sem pagar a prefeitura. Preferiram fazer um trabalho não de polícia, de investigação. Infelizmente um trabalho político”.

Em seguida, Evilásio pediu que seja feita justiça. “A política passa e a justiça de Deus ela existe. E ela não tarda, aqui aconteceu esse ano. Não ficou um policial aqui, as juízas, todo mundo foram embora. Eu sou prefeito, mas daqui há 9 meses eu volto a ser um cidadão normal, como todo mundo. E o que eu quero dessa cidade, é que polícia, ministério público e justiça, são servidores públicos, vivem do salário que nós pagamos.O que nós esperamos que essa gente, quando se instalarem em Taboão, venham trazer justiça, venham trazer segurança e venham trazer fazer a promoção das pessoas da nossa cidade. E não vir aqui fazer política como fizeram”.

Evilásio ainda relembrou que a juíza Flávia Castellar Olivério cassou o registro de sua candidatura três dias antes das eleições de 2008. “O povo de Taboão queria me eleger, e a juíza não queria que eu fosse candidato”.


Fonte: O Taboanense

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