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quinta-feira, 13 de junho de 2013

CÂMARA DE ITAPECERICA TEM SESSÃO MARCADA POR NOVAS CRÍTICAS A ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

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A morte de um paciente que aguardava uma vaga de leito na Unidade de Terapia Intensiva, a UTI, no Hospital Geral de Itapecerica da Serra, às 17h30 , do último dia 11, pautou os discursos inflamados dos vereadores da cidade, em sessão realizada nesta terça-feira. Cícero Costa afirmou que nove tentativas de leito foram negadas ao paciente (cinco no PS Jacira e outras quatro no central) e acusou o responsável pelo HGIS, como é conhecido, de fechar as portas aos Prontos Socorros do município.

“O hospital não é seu sr. Didier é do povo Itapecericano. O senhor não tem poder nenhum de fechar as portas para os PS”, disparou. Ele também aconselhou os vereadores para “brincarem de serem vereadores” a fim de que a cidade ande de verdade e seja garantido o mínimo de saúde, que é garantida na Constituição Federal. E pontuou que outras famílias passam pela mesma situação do homem que morreu ao esperar leitos de UTI e internação no HGIS. Ele quer ainda convocar uma sabatina com o responsável pelo hospital e secretária de saúde.

Também foram predominantes na sessão as críticas, já recorrentes em todas as terças-feiras, a administração municipal, em especial ao secretariado do prefeito Amarildo Gonçalves, o Chuvisco (PMDB) composto em sua maioria por ex-vereadores, que acabaram não tendo êxito de se reelegerem nas eleições do ano passado. 



Denúncias de duas câmaras, que tem prefeito até no almoxarifado e “grupinho de seis que mandam” foram acusações levantadas pelos vereadores Sangbom, Cleber Bernardes e Cícero Costa, durante explicação pessoal, respectivamente. “Fica de olho aberto prefeito, você ta tomando bola nas costas. Alguns perderam a eleição, mas acham que ganharam”, afirmou Cleber. “Chuvisco está sendo boneco. Se não abrir os olhos será faca nas costas”, resumiu Sangbom.

Críticas aos serviços prestados pela Sabesp, Eletropaulo e Miracatiba também voltaram à pauta da sessão, além dos bota-foras. Cleber defendeu que a Sabesp tem que ser notificada para responder judicialmente para saber que a cidade “não é casa da mãe joana” e observou que é preciso ter cuidado com os botas-foras no Potuverá “a próxima vez que receber denúncia no meu gabinete, não subo na tribuna é direto Ministério Público”, disparou. Pastor Hernandes comentou sobre os serviços da Sabesp. De acordo com ele ruas do Parque Paraíso estão com esgoto correndo a céu aberto, cheias de buracos resumindo a situação como “calamidade”. Sangbom afirmou não ter nada contra os funcionários da Miracatiba, mas sim as condições dos ônibus da empresa.

Trolesi comentou que o contrato com a Sabesp foi aprovado pelos vereadores da outra legislatura a toque de caixa por mais 30 anos. De acordo com ele, a concessão deveria ter sido estudada melhor e exigida a forma de trabalho “temos que fiscalizar”, completou. Em relação a educação, o vereador afirmou que tem escolas prontas que só falta funcionar, como no caso de uma no Jacira, próximo as casas populares. Segundo ele “o que falta é competência para administrar a secretária”. Ele pontuou que a piscina da escola da Lagoa está sem funcionar a seis meses, “a água já está estragada, se não estiver vai precisar gastar muito dinheiro para arrumar” e completou: “os funcionários da escola só cumprem horário sem ter o que fazer”, disparou.

Saúde

As críticas em relação à situação da saúde na cidade são constantes durante as sessões, até mesmo protestos já foram realizados. Denúncias apontam que faltam médicos e aparelhos, além da demora para marcar consultas. Na sessão desta terça, Gerson Lazarin propôs uma força tarefa para melhorar a saúde e disparou: “não falta dinheiro, falta comprometimento”. 

Pastor Hernandes afirmou que um outro paciente está internado nas últimas, com AVC também por esperar um leito de UTI no HGS, além disso, acusou de funcionários dormirem durante os plantões e concordou com Sangbom no momento em que frisou “se fosse filho de A, B (prefeito, deputados) seriam atendidos imediatamente”. Ele ressaltou ainda: “precisa ter remédios (falta até os controlados) e atendimento de qualidade. Isso é uma vergonha”.

Financiamento com a Caixa Econômica Federal

O projeto de Lei que autoriza a prefeitura a firmar financiamento com a Caixa Econômica Federal no valor de R$ 37.040.289,93 já foi aprovado em sessão extraordinária na última quinta-feira de manhã. O projeto prevê a construção de ruas no município e foi alvo de discussão levantada pelo vereador Trolesi. 

De acordo com ele, aproximadamente R$ 28 milhões são para a construção das ruas Borba Gato que vai do Mombaça até a Br-116, Joaquim Cardoso Filho e Represinha, essas duas são desnecessárias. As estradas são estreitas, é necessário desapropriações e ainda contam com muito mato, a Joaquim Cardoso Filho, 8km pelo meio do mato. 

Os R$ 28 milhões restantes serão gastos na Guacy Ferandes Domingues, Macieis e Santa Mônica. O financiamento será pago em quatro anos (48 meses) uma dívida para o próximo prefeito pagar.

A votação segundo ele foi a toque de caixa e foi aprovada “por causa do pacote de ruas contempladas”. Agora, Trolesi sugeriu que os vereadores façam que o prefeito não invista nessas ruas e que debrucem para ver onde o dinheiro será aplicado.



Fonte: Jornal Na Net

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