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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Quando é preferível alugar



O que é melhor: financiar agora a compra da casa própria ou se contentar com o aluguel e juntar dinheiro para mais tarde financiar uma quantia menor e reduzir os desembolsos com juros? A resposta depende de vários fatores. De saída, é preciso verificar se as prestações do financiamento serão menores que o aluguel, de forma a permitir que a diferença seja investida. Em caso positivo, é a vez de analisar seu grau de disciplina para não gastar as reservas destinadas à aquisição da propriedade. “Quem não conseguir poupar acaba sem o imóvel e sem o dinheiro”, adverte Ricardo Humberto Rocha, professor de finanças da FIA (Fundação Instituto de Administração).
É importante também comparar o endereço do imóvel que seria comprado com o do alugado. “Muitas vezes, o aluguel possibilita melhor localização e traz economia nas despesas com o transporte, com o fim da necessidade de um segundo carro e dos gastos com sua manutenção, como seguro e IPVA”, afirma o especialista.
Ainda assim, nada garante que o aluguel será a melhor opção. “Tudo depende da trajetória dos juros e dos preços dos imóveis”, pondera Ricardo Almeida, professor de finanças do Insper. Trocando em miúdos: mesmo se vantajoso agora, o aluguel pode se tornar mau negócio caso o investimento destinado à compra da casa passe a render menos ou os preços de venda e dos aluguéis subam acima do previsto.
Por isso, antes de optar pela locação, Rocha recomenda a análise do potencial de valorização de imóveis na área de interesse – tarefa nem sempre fácil. “É difícil prever o comportamento futuro dos preços, mas, com base no passado, podemos dizer que quem postergou a compra nos últimos anos se arrependeu”, diz. Os números lhe dão razão. Do início de 2007 a setembro deste ano, por exemplo, os lançamentos residenciais paulistanos ficaram em média 53% mais caros, segundo dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio). No mesmo período, o rendimento acumulado da caderneta de poupança ficou em torno de 30%.
Também pesa a favor da compra a possibilidade de, conforme o caso, sacar recursos do FGTS, cujo rendimento – TR mais 3% ao ano – é metade da remuneração da caderneta de poupança e costuma perder até da inflação.
Em tempo: não só os aspectos financeiros ditam a decisão. É também preciso considerar fatores não apurados nas planilhas, como o grau da satisfação em viver na própria casa, adaptada aos gostos da família, sem risco de devolução após o vencimento do contrato de 30 meses.

FONTE: IG

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