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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Roubos a residências e assassinatos de policiais marcam reunião do Conseg


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“A minha casa virou um inferno, uma loucura. Para ir ao quintal, tem que desativar o alarme, ou levar o controle de pânico. Não tem como ter sossego, na própria casa. Eu e minha família estamos ilhados. Não quero me calar, nem fugir. Mas, se a garantia de segurança por um período, para que possamos nos proteger com sistemas de segurança não for certa, vamos pensar em nos mudar”. O desabafo emocionado e de socorro de um morador que teve sua residência invadida por duas vezes, em menos de quarenta dias, em um condomínio de classe média alta, às margens da Rodovia Armando Sales, em Itapecerica da Serra marcou a reunião do Conselho de Segurança Municipal da cidade, na última segunda-feira, dia 15 de outubro.

O desabafo deste morador reflete na rotina dos outros moradores, deste e de outro condomínio vizinho. Todos eles, não encontram sossego e paz, em suas próprias residências e convivem, a todo o momento, com medo de serem reféns e se vêem sem saída, obrigados a trocarem de rotina e investir um valor alto, para inibir a ação de criminosos. Desde o início do ano, os condomínios foram alvos de ao menos seis assaltos. O último aconteceu na quinta-feira (11), quando uma quadrilha de cerca de 10 criminosos, invadiram por trás o Jardim Europa e fizeram ao mesmo tempo “arrastões nas residências”. Eles conseguiram fugir, antes mesmo da chegada da polícia.

O delegado titular, Dr. Marcelo lembrou das primeiras prisões efetuadas pelas polícias e GCM no primeiro roubo. Salientou que mais dois acusados foram presos na cidade de Taboão, com objetos roubados e que foram reconhecidos pelas vítimas e ainda um vigia “que dava a fita. Foi possível reconhecer e prender por meio das imagens de dentro do condomínio”, frisou. Sobre os outros roubos ele resumiu que foram abertos inquéritos policiais para apurar e investigar os outros acusados. “A nossa grande satisfação é colocar os criminosos na cadeia. Mas, para isso, precisa haver denúncias e registros das ocorrências”, pontuou Dr. Marcelo.

Na reunião realizada no antigo prédio da Câmara Municipal, centro da cidade, representantes da polícia militar e civil responderam os questionamentos dos cerca de 30 moradores e ainda salientaram a importância do registro da ocorrência, mesmo que seja apenas uma tentativa de roubo. “Trabalhamos com número e com os registros tentamos combater os crimes e com a denúncia temos as provas”, disse o delegado.

Relatos de mais violências nos bairros Parque Paraíso e Jacira foram abordados pelos moradores. “Furtaram meu carro em frente à residência, no Parque”, disse um. “No sábado, o único posto do Jacira foi assaltado duas vezes, uma de manhã e outra a noite. Na segunda vez, um funcionário do estabelecimento levou um tiro na boca. Foi socorrido e passa bem”, contou uma outra moradora.

Os pancadões e bares com som alto nos bairros da cidade também foram denunciados na reunião. O Capitão da PM afirmou que este tipo de ocorrência (som alto em bares) é feita em conjunto com a fiscalização da prefeitura. Já em relação aos pancadões, ele orientou que a denúncia seja realizada um pouco antes de acontecer, porque assim fica mais fácil a ação da polícia. “Temos pegado informações pelo Facebook onde terá e agimos antes”, explicou.


Ataques a policiais e atividade delegada

Os ataques a policiais militares e civis em horário de folga e o assassinatos deles, ocorridos em grande número nos bairros de São Paulo e região, além da cidade de Taboão e também Juquitiba – também foram questionados pelos moradores durante a reunião.

O capitão da PM, Prado afirmou que nenhum ataque como esses aconteceram em Itapecerica, mas pontuou que os ataques são direcionados a agentes de segurança. Ele disse que a estrutura da corporação tem como raiz as informações. E que a corporação está tomando providências em nível estadual. “Não podemos dizer que não vai acontecer, mas estamos em alerta”, frisou.

Prado comentou ainda sobre a importância da modificação da Legislação, para dar respaldo ao policial militar, caso tenha uma resistência com o criminoso, uma vez que se o criminoso matar o policial ele não terá a pena agravável, mas o policial sim. Já existe uma ação popular que determina a mudança da legislação. “Se chegar até vocês assinem. É muito importante esse respaldo ao policial”, argumentou.

Em relação a Operação Delegada, o capitão afirmou que não existe esse convênio com a cidade e depende da aprovação do prefeito. Essa operação é um bico oficial dos policiais, que trabalham fardados, com armas da corporação e tem todo o respaldo. Diferente do bico, que ele corre perigo, a paisana e fica conhecido.

“Aumenta as condições de trabalho. Atende a população de maneira geral. É importante a população tomar consciência que de também fazemos parte da sociedade”, afirmou o delegado Dr. Marcelo.

Agradecimento e não comparecimento

O presidente do Conselho, José Carlos agradeceu o apoio dado pelo padre Odair Euspaquio da Igreja Maria Mãe dos Caminhantes de Itapecerica. E ainda, cobrou o não comparecimento do secretário de transportes do município na reunião. “Cansamos de convidar, mas ele nunca vem”, disse.


Fonte: Jornal Na Net

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