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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Por que você se preocupa tanto?




Você conhece ou é alguém que tem obsessão por resolver problemas no trabalho?  Problemas, inclusive, que a solução não depende da pessoa em questão?  Pois é, essa “neura” se origina de uma forte compulsão por controle.  Só que quanto maior a aflição, menor a capacidade de encontrar respostas criativas.
Os psicólogos acreditam que essa preocupação, entendida como uma coletânea de pensamentos de antecipação negativa de eventos futuros, evoluiu da mesma maneira que o processo mental utilizado para solucionar problemas. Os preocupados crônicos atuam com a errônea percepção de que quanto mais pensarem sobre a questão e quanto mais tentarem controlar cada situação, melhor e mais rápida será a solução dos problemas e até o planejamento do futuro.
Mas, ao contrário, esse padrão de pensamento não permite a assimilação cognitiva e provoca uma estimulação exacerbada das áreas cerebrais onde se processam o medo e a emoção. Com isso, esse excesso de “vigília”, pode causar problemas cardiovasculares, e tornar o organismo incapaz de lidar com o estresse.
Em 2012, o Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos fez uma pesquisa sobre as principais causas de preocupação.  Revelou-se que 60% de nossos medos nunca acontecerão.  Além disso, mostra que 90% dos medos que temos são referentes a coisas insignificantes e que 88% dos medos relacionados à saúde tampouco virarão realidade.
A tentativa incansável de estar no comando e controle de determinada situação, ou de seus pensamentos, pode ser muito prejudicial, pois ao invés de se atingir os objetivos, as pessoas são dominadas por aflições repetitivas.
O psicólogo Daniel M. Wegner, da Universidade de Harvard, constatou que quando as pessoas eram orientadas a não pensar em uma escova de dentes cor de rosa, por exemplo, havia forte tendência de mencioná-la com frequência.  Ao tentarmos nos livrar de um pensamento recorrente, a situação parece piorar.  Isso também acontece com músicas, que se fixam em nossa mente e, por mais que queiramos esquecê-la, ela continua ressoando por lá.
O prejuízo para o preocupado pode se agravar e se transformar em transtorno de ansiedade, transtorno obsessivo compulsivo (lembram-se do filme “Melhor é Impossível”, com Jack Nicholson?), dentre outras doenças, que minam a capacidade produtiva do indivíduo. 
E qual é a solução? Bom, isso varia de caso a caso. Se a sua preocupação de fato se tornar uma patologia, ou estiver causando prejuízo à sua vida cotidiana, é possível obter ajuda profissional. Essa ajuda pode ser obtida através de um processo de coaching (normalmente de vida pessoal ou executivo), medicamentos ou terapia cognitivo comportamental.
No caso da terapia, a proposta é ensinar ao paciente a perceber sinais precoces de preocupação exagerada e a integrar procedimentos ao seu cotidiano para evitar esses padrões de pensamento negativo.  Também é composta de técnicas de relaxamento para aliviar a tensão muscular, oriunda da preocupação excessiva.
Outras abordagens, como as de orientação psicanalítica buscam, além de eliminar os sintomas, os significados no contexto da história do paciente, por isso levam mais tempo, mas trazem a vantagem de elaborar diversas questões ligadas ao distúrbio, pela profundidade da experiência psíquica.
Seja qual for a sua escolha, o importante é poder relaxar um pouco mais diante das situações cotidianas da vida e do trabalho.  Deixar o cônjuge dirigir o seu carro com você no banco do carona, por exemplo, pode ser um desafio interessante para começar a brincadeira.
Estabelecer quais os problemas sobre os quais você não tem controle e tirá-los de sua lista de preocupações é outro exercício maravilhoso.  Por exemplo, seu celular está sem bateria, você tinha uma reunião importante às 9h, mas o trânsito o está parado e já são 9h15.  Há algo que você possa fazer nesse momento?  Então ligue uma música bem tranquila e relaxe.
E lembre-se: em hipótese alguma pense na escova de dentes cor de rosa!

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