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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O poder da paciência: um dia você chega lá




Faço parte de um grupo literário em Fortaleza há mais de seis anos, e também faço parte de um grupo virtual que já tem quase 10 anos. O que me reuniu nesses grupos, a princípio, foi o amor pelos livros, a paixão por cinema e gostar muito de seriados. Hoje o que nos reúne é, além de tudo, uma grande amizade.
Quase todas as minhas amigas de ambos os grupos se tornaram blogueiras, algumas escrevem ou escreveram e já tiveram publicados “seus bebês” (seus livros) e essa proximidade com a literatura fez com acabasse me tornando blogueira também.
Há anos penso em escrever artigos, e começar a navegar por esse mar desconhecido. Pesquisei muito sobre o assunto, estudei diversas regras pela internet e por livros de metodologia científica, analisei diversos modelos que me foram apresentados por amigos e por universidades afora, conversei com colegas de trabalho e com amigos da área sobre como produzir artigos, e possuo uma curiosidade, talvez até incompreensível, de saber como as outras pessoas começaram essa vida de escritor (a).
Toda essa preocupação e detalhe nada mais são do que medo de errar, de não ter tempo pra escrever, de não ter tempo pra revisar o que escrevi, de não acertar o discurso, e se tornar uma escritora chata e muito séria, onde as pessoas não têm interesse em terminar de ler o que escrevi. Achei que minha experiência como blogueira me ajudasse a escrever melhor, a não temer a exposição, mas não é que o aconteceu. #) rsrs
Tem sido uma jornada bem estressante essa de tentar achar o momento mais adequado pra escrever. E sempre que pensava a respeito uma sensação de pânico tomava conta de mim, meu coração acelerava, meu estômago doía e fazia com que ficasse impaciente, e me detestava por isso.
Desde que retornei à Fortaleza tenho diminuído o ritmo das minhas atividades, mudado meus hábitos e tentado esperar. Algo transformador vem acontecendo desde então.
Nessa última semana li dois artigos no Administradores.com, “Você já pensou em escrever artigos?” de Leandro Vieira, e “Eu também quero escrever!” de Débora Martins, que fizeram com que refletisse sobre porque eu não começo a escrever de uma vez.
Logo em seguida escolhi, ao acaso, o livro “O poder da paciência – como diminuir a pressa e ter mais felicidade, sucesso e paz no seu dia-a-dia” de M. J. Ryan e descobri como tem sido importante manter minha tranqüilidade apesar do estresse diário. Parecia que enfim tinha encontrado o caminhocerto, que as respostas estavam vindo naturalmente, e a inspiração tinha chegado. Mas escrever sobre o quê?
Talvez justamente sobre isso: sobre a paciência de esperar a hora certa, de decidir ter paciência de esperar a hora certa. “A paciência de esperar é possivelmente a maior sabedoria de todas: a sabedoria de plantar uma semente e esperar a árvore dar frutos.”, já dizia John Macenulty.
Mas será essa a hora certa? Estou preparada pras críticas que virão? Estou preparada se não houver nenhuma crítica? Nesse mesmo livro li uma estória sobre o encontro entre dois líderes. Nesse encontro, o empregado do líder Número Um irrompe no local, berrando e gesticulando violentamente. O líder Número Um diz: ‘Queira ter a gentileza de se lembrar da regra número seis’. O homem se recompõe, pede desculpas e se retira. Isso acontece outras vezes. O líder Número Dois não se contém e pergunta: ‘Qual é a regra número seis?’. ‘Não se leve muito a sério’, responde o Número Um. ‘Esta é uma regra muito boa. Quais são as outras?’, pergunta o Número Dois. ‘Iguais a esta’, diz o Número Um.
Escrever então é justamente isso, não se levar tão a sério. Deixar correr as palavras quase da mesma forma como correm meus pensamentos. Estou descobrindo que tenho todo o tempo que preciso e que não ter medo aumenta e muito a minha eficiência. Thomas Edison, inventor da lâmpada, dizia, enquanto lutava para chegar a um resultado: “Eu não fracassei setecentas vezes. Eu não fracassei nem uma única vez. Eu consegui provar que essas setecentas maneiras não funcionam. Quando tiver eliminado todas as maneiras que não funcionam, descobrirei a que funcionará.”. Esse pode não ser o começo de algo grandioso, mas pode ser justamente o melhor início possível dessa desconhecida jornada.
A paciência nos desperta pra alguns dons: gera excelência; nos coloca em harmonia com os ciclos da natureza; nos ajuda a  tomar decisões melhores; nos conecta com a esperança; nos ajuda a viver vida mais longas e livres de estresse; nos ajuda a desperdiçar menos tempo, menos energia e menos dinheiro; nos ajuda a conseguir aquilo que queremos; nos protege contra a raiva; nos dá maior tolerância e empatia; nos ajuda a ter relacionamentos amorosos mais felizes; nos torna pais melhores; ensina o poder da receptividade; é a essência da civilidade; e faz nossas almas crescerem.
A paciência não é algo que temos ou não temos. Ela é uma decisão que tomamos, uma opção que fazemos todos os dias. O que seu coração deseja? Será que o que ele quer vale a pena? Nem tudo pode ser obtido através da força de vontade – às vezes, o que precisamos é de um pouco do poder da espera. “A espera intensifica o desejo. Na realidade, ela nos ajuda a reconhecer quais são nossos verdadeiros desejos. Ela separa nossos entusiasmos passageiros de nossos verdadeiros anseios.”.
Viver é, pelo menos em parte, esperar. Talvez esperar muito, mas “Longo tempo não significa para sempre.” só parece ser. 

Fonte: administradores.com.br

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