Todos nós, seres humanos, possuímos características individuais marcantes. Em algumas pessoas, essas características passam despercebidas, enquanto que em outras elas são surpreendentes.
Conheço a história de um homem que possui entre 40 e 45 anos de idade que trabalha em uma fazenda no Estado do Amazonas e que leva a vida como uma pessoa normal. Como todo ser humano, possui sua própria “visão de mundo”. O que chama a atenção em seu comportamento é o simples fato de que se ele estiver se alimentando (almoçando ou jantando) e alguém, mais especificamente um homem, aparecer perto dele vestindo uma camisa social, ele simplesmente deixa o prato de comida, ou seja, ele deixa de se alimentar porque sente asco ao ver alguém usando camisa social enquanto se alimenta. Ele não se importa caso veja alguém com camiseta. O problema dele está na camisa social.
Existem casos de pessoas que se forem tocadas no cotovelo acidentalmente por alguém ou alguma coisa, ela imediatamente procurará meios para fazer com que o outro cotovelo seja tocado também da mesma forma. Existem outras que se estiverem caminhando em algum lugar e de repente pisarem em alguma pedra ou outro objeto qualquer, essa pessoa volta e pisa com o outro pé no mesmo objeto da mesma maneira. É uma forma de procurar equilíbrio espiritual ao repetir esse ato, afirmam elas. Nesse caso, estamos nos referindo ao TOC (Transtorno obsessivo-compulsivo).
Há muito tempo, um rapaz que morava em minha cidade se sentia mais confortável e seguro ao caminhar se estivesse com algum objeto em suas mãos. Ele adotou um pedacinho de borracha e o levava consigo onde quer que ele fosse. Conta a história que certa vez seus amigos tomaram dele o pedacinho de borracha e o esconderam por alguns minutos, o que deixou o rapaz desconcertado enquanto esteve sem o seu objeto predileto. Dá para imaginar como ele se sentiu por causa da brincadeira dos amigos. Ele ficou feliz depois que devolveram o tal pedaço de borracha.
Algumas pessoas contam que quando chegam a algum lugar, têm o hábito de conferir a quantidade de objetos existentes nesse local. Ao chegar a uma chácara, por exemplo, um amigo meu tem o hábito de conferir a quantidade de árvores, tábuas da casa, cães, galinhas, esteios da área da casa, etc. O curioso é que ele faz isso enquanto conversamos e nem percebemos que ele está a contar os objetos à nossa volta.
Saber um pouco sobre cada um à nossa volta nos possibilita olhar para dentro de nós e analisarmos nossas atitudes.
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