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Nova manifestação dos
professores municipais marcou o início da greve da categoria por tempo
indeterminado, nesta sexta-feira (22). Das 7h às 10h da manhã mais de 350
educadores permaneceram na porta da Prefeitura, munidos de faixas, nariz de
palhaço, cartazes e apitos. Um carro de som era utilizado para afirmar que não
irão “desistir” até terem suas reivindicações atendidas pelo prefeito Amarildo
Gonçalves, o Chuvisco (PMDB). De acordo com Adenir Segura, presidente do
Sindicato dos Professores das Escolas Públicas Municipais (SIPROEM), 85%
escolas aderiram a greve. “Nosso desafio é manter esse número e trazer mais
escolas para a greve. A luta segunda é mais árdua”, pontuou. O mandatário não
recebeu a categoria nesta sexta.
Por volta das 10h, os
educadores saíram da frente da Prefeitura e seguiram rumo a Câmara Municipal.
Durante o caminho percorrido (Plantita, Virgilio Busnelo, XV de Novembro e r.
Capitão Moraes, por exemplo) até a Casa de Leis, a categoria parou algumas vezes,
para discursar, reivindicar e descansar, ao som de “abaixa a repressão, salve a
educação” e “bom dia seu Chuvisco como vai? Aqui não tem arrego, vou tirar o
seu sossego!”. O trânsito ficou bastante complicado e passageiros precisavam
descer dos ônibus para fazer o caminho a pé, apesar do transtorno, o apoio que
recebiam, por onde passavam era nítido e garantido. “Eles merecem aumento. São
eles que garantem a educação e o futuro para nossos filhos”, comentou uma
comerciante, que preferiu não se identificar.
Chegando à Câmara, os
educadores decidiram entrar no plenário e em ato respeitoso não ultrapassaram o
espaço dos vereadores e ainda cantaram o hino nacional, voltando para a
assembleia em frente a Casa. “Entramos na casa hoje em busca de apoio do prefeito
e dos vereadores para que Chuvisco nos receba, por isso tomamos o plenário, mas
não vamos além, porque entendemos que é ocupado por eles, que foram eleitos
pelo povo”, frisaram durante discurso feito no plenário.
A maioria dos manifestantes
eram da educação, poucos da saúde, cultura e almoxarifado participaram da ação
de greve, apesar deles terem decidido pela paralisação em assembleia ontem.
O Click Regional entrevistou a Eliana Aquino, uma das ADI (Auxiliar
de Desenvolvimento Infantil) do município. Ela afirmou que executa o trabalho
dos professores, clama por aumento de salário, de 30%, diminuição da carga
horária de trabalho, insalubridade e ainda a transgressão de ADI para PDI.
“Nosso salário está em torno
de R$ 843. Como é possível viver com esse valor? Se não fosse meu marido,
passaria necessidades”, afirmou. Uma Auxiliar de Serviços Escolares (ASE), não
quis se identificar, mas afirmou que as demandas são as mesmas da ADI, porém
sem diminuição da carga horária. Ela acabou mostrando holerite que com os
descontos chega a um pouquinho mais de R$ 300.
Ficou decidido entre o
sindicato dos funcionários municipais e SIPROEM que na próxima segunda (25),
nova mobilização em frente à Prefeitura será realizada às 8h.
Confira as reivindicações do
magistério:
Entre as reivindicações da
categoria estão o reajuste salarial em 35%, Chuvisco teria proposto em reunião,
6,5%, equiparação salarial com outros servidores com o mesmo nível de
escolaridade, pagamento de insalubridade, melhores condições de trabalho, maior
transparência na alocação dos recursos do FUNDEB, participação efetiva dos
professores no Plano Municipal de Educação e na escolha de projetos e materiais
didáticos adotados pela rede de ensino entre outras.
Com informações do Click Regional e SFPMIS
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