Sempre vejo por aí muita gente com dificuldade na hora da contratação de profissionais. Avaliar sem conhecer bem não é uma tarefa fácil e um erro nesta hora pode acabar custando muito caro para a empresa. Então, como fazer para escolher bem seu time?
O primeiro passo para uma contratação de sucesso é uma boa definição do perfil, determinando claramente quais são os pré-requisitos. Depois, é necessário realizar uma triagem que traga para as dinâmicas e entrevistas bons candidatos. Durante a entrevista, o ideal é utilizar a técnica de entrevista por competências, checando sempre comportamentos passados que prevejam comportamentos futuros. É importante sair do condicional, ou seja, o "e se você tivesse vivenciado esta situação...."e ir para uma situação que a pessoa de fato vivenciou.
Comportamentos e expertise que agreguem valor para o que a empresa busca devem ser priorizados. Para investigar a experiência do profissional, você deve se preparar e saber o que perguntar, estando sempre alinhado às necessidades da vaga em questão.
Tipos de seleção
As técnicas de seleção vão aperfeiçoando-se. Hoje, utilizamos mais dinâmicas, entrevistas por competências, e cada vez mais as mídias sociais e os blogs têm ajudado em processos seletivos. Mas os processos ainda seguem muito o padrão da empresa e, para isto, não há certo ou errado, há uma cultura. Este fator determina se o processo será mais rápido ou lento, mais rigoroso ou flexível. É a cultura da empresa e, às vezes, até o estilo comportamental do requisitante e da sua equipe que determinarão características do processo seletivo.
As dinâmicas existem como uma forma de observação comportamental e só foram introduzidas nos processos seletivos como uma alternativa mais eficiente para observar o comportamento de mais candidatos em um tempo mais curto. Obviamente, como outras etapas de um processo seletivo elas não são uma verdade absoluta, mas uma forma de observar as pessoas. É uma etapa do processo que pode ser utilizada em qualquer empresa.
Na hora de contratar, a diferença entre grandes e pequenas empresas é a atração. Muitas vezes, para um processo seletivo de uma empresa grande você que está selecionando nem precisa explicar muito sobre a vaga, pois as pessoas são atraídas pela marca, pela empresa. Já para empresas menores, de pequeno e médio porte, você precisa vender o desafio e o futuro. Mas as ferramentas do processo são as mesmas, apenas as competências que são diferentes de vaga para vaga.
Diferentes perfis
As ferramentas de avaliação em geral são as mesmas para todos os níveis profissionais, exceto para executivos. Para as outras vagas, são utilizadas em geral, o anúncio de vagas, triagem de currículos, há um primeiro contato por telefone, uma fase de dinâmicas de grupo e/ou cases, entrevistas individuais (dependendo do cargo, da empresa e do requisitante, às vezes, mais de uma). Por fim, finaliza-se com uma proposta, exame médico e documentação.
Algumas habilidades específicas são necessárias para cada profissional. Na área de informática, por exemplo, é importante estar sempre por dentro das inovações e saber como aplicá-las na organização para ganhar eficiência. Boa capacidade de relacionamento e orientação para servir são competências que todas as áreas de apoio devem ter. Treinamentos e facilidade de autoaprendizagem são ferramentas importantes.
Recursos Humanos é uma área que prevê boa facilidade de relacionamento, habilidade de escuta e influência, além de total confidencialidade. O RH deve ser a área a qual todos podem recorrer quando precisam de ajuda e, além disso, o departamento que prevê processos e ferramentas de Gestão de Pessoas. Atitudes como simpatia e empatia ajudam os profissionais. Para desenvolver este tipo de atitude, é importante observar a quem tem e eleger um coaching que fará o papel de dar estímulos e feedbacks sempre.
A área financeira prevê assertividade e acuracidade. Conferir os números e ter uma boa capacidade de síntese para mostrar muita coisa em uma única planilha são características bem vistas nesta área. Além disso, é uma área em que o profissional que tem de saber sobre economia, política e futuro a curto, médio e longo prazo para fazer os melhores investimentos com os recursos da empresa. Aqui uma boa formação e muita leitura são bons caminhos de desenvolvimento.
O marketing deve encantar e ser estratégico. Leitura e benchmarking são boas fontes de desenvolvimento. Obviamente, comunicação e facilidade de relacionamento também são competências importantes, afinal o marketing acaba "vendendo" o produto antes mesmo do que a área de vendas. É uma área que tem de acreditar e fazer acontecer, ditar o ritmo junto com vendas.
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