Antigamente, estudar guardava pouca ou nenhuma relação com trabalhar. Até a Idade Média, trabalhar era atividade que se fazia com os braços e com o corpo. Uma atividade física pesada, de muito suor e sacrifício, por isso mesmo reservada a escravos e servos. Com a Revolução Industrial, todavia, o trabalho humano começa a se revestir de necessidades muito mais sofisticadas: gradativamente, lentamente ao longo dos séculos 19 e 20, o físico humano vai perdendo importância para o intelecto no campo do trabalho. No século 21 o trabalho da inteligência humana atinge definitivamente um alto valor, em detrimento do trabalho braçal. Tecnologia, relacionamento, inovação, design, pesquisa, atendimento, comunicação e qualidade são algumas das estrelas dessa nova era. Todas com um ponto em comum: são produtos do conhecimento humano e não do esforço físico ou braçal.
Se o conhecimento e o trabalho definitivamente se entrelaçaram, o desafio para quem trabalha está colocado: como associar um permanente e deliberado aprendizado à atividade profissional? Como fazer do estudo contínuo uma atividade paralela diretamente conectada ao exercício profissional? Pode-se aprender, é bem verdade, em inúmeros locais e circunstâncias. O mais fundamental é a consciência e a atitude intencional de aprender continuamente. As escolas, ainda que lentamente, começam a atentar para o surgimento desse novo aluno: um aluno maduro, já formado, que busca novos saberes e conhecimentos. Muitos cursos de pós-graduação, por exemplo, já oferecem locais e horários especiais, pensando nas necessidades desse aluno. Mas esse aluno não quer apenas pós-graduação, também quer uma segunda graduação, também deseja cursos livres, palestras e seminários
Uma opção interessante para a formação continuada é a educação à distância. A educação baseada em tecnologias de informação e comunicação tende a crescer, em virtude de sua extrema flexibilidade. Para o profissional que estuda, a educação à distância oferece a possibilidade de múltiplas adequações de tempo e espaço. O aluno fica mais livre para planejar e executar suas atividades de estudo. Mas qualquer que seja o modelo que permita o estudo continuado, o importante é que realmente se avance no conhecimento e na compreensão da realidade, único caminho para se manter valorizado no mercado de trabalho dos dias atuais.
"Se o conhecimento e o trabalho definitivamente se entrelaçaram, o desafio para quem trabalha está colocado: como associar um permanente e deliberado aprendizado à atividade profissional?"
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