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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Embu participa de campanha pelo fim da violência contra as mulheres



Pela primeira vez, o Centro de Referência da Mulher de Embu das Artes  (CRM) irá participar da Campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher, de 25/11 à 10/12. O período é composto por diversas datas referentes ao tema. O dia escolhido para a abertura, 25/11, marca o Dia Internacional da Não Violência Contra as Mulheres, data marcada pelo assassinato de três irmãs na República Dominicana em 1960.


Além da Secretaria de Assistência Social, Trabalho e Qualificação Profissional, os eventos contarão com a participação e colaboração das Secretarias de Educação, Saúde e Cultura com atividades extras. No dia que marca o início das atividades, haverá uma caminhada pelo fim da violência doméstica. No dia 2/12, palestra sobre o combate à AIDS e no dia 10/12 palestra sobre os Direitos Humanos e das Mulheres.

A Campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher foi lançada em 1991, com o objetivo de promover debates e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres e para lutar contra toda forma de preconceito, opressão e discriminação sofridos pela mulher. Mais tarde, a Organização das Nações Unidas reconhece o dia 25/11 e o incorpora em seu calendário, juntamente com outros dentro da causa.

A Campanha se encerra em 10/12, Dia Internacional dos Direitos Humanos, data também instituída pela ONU em 1948, quando do lançamento da Declaração Universal dos Direitos Humanos como resposta à barbárie praticada pelo nazismo contra judeus, comunistas e ciganos e ainda às bombas atômicas lançadas pelos EUA sobre Hiroshima e Nagazaki, matando milhares de inocentes. Posteriormente, os artigos da Declaração fundamentaram inúmeros tratados e dispositivos voltados à proteção dos direitos fundamentais.

Segundo a coordenadora do CRM, Luciléa Portuense Lima, a data também é importante para lembrar que sem os direitos das mulheres, os direitos não são humanos. “A luta, atualmente, não consiste somente na conquista de direitos, mas na realização de ações para que estes aconteçam.”

Para se compreender a relevância do tema, a campanha é realizada simultaneamente em outros 130 países. No Brasil, a Campanha foi assumida pelo Movimento Feminista Brasileiro. Conquistou espaço na agenda brasileira e é coordenado, desde 2003, pela organização não-governamental Ação, Gênero, Cidadania e Desenvolvimento (Agende), com importantes ações de divulgação, mobilização e organização.

Mapa da violência

O Mapa da Violência 2013 revela que mulheres com idade entre 15 e 24 anos foram as principais vítimas de homicídio na última década. O estudo, realizado pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, com o apoio da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO) e do Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (CEBELA), aponta que, de 2001 a 2011, o índice de homicídios de mulheres aumentou 17,2%, com a morte de mais de 48 mil brasileiras nesse período. Só em 2011 mais de 4,5 mil mulheres foram assassinadas no país. Desse total, a taxa de mortes entre as mulheres jovens foi de 7,1 por grupo de 100 mil, enquanto na população não jovem, com idades abaixo de 15 e acima dos 24 anos, o índice foi de 4,1. Embu das Artes está fazendo levantamento dos números da violência no município.

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