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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Marketing vivo de produto morto
As ideias estratégicas do marketing pessoal apresentam caminhos, planos e ações para qualquer pessoa desenvolver seu nome no mercado e construir uma marca pessoal forte e bem estruturada.
Mas, o que se pode afirmar com relação a marca “Michael Jackson” é que as leis do marketing pessoal não estavam preparadas para compreender a sua proposta de revolução. O que se viu na verdade foi uma total quebra de paradigmas para a construção de um nome. Não há uma explicação científica conceitual que justifique com clareza o fenômeno de sua trajetória e a imortalidade do seu trabalho.
Creio que o grande segredo do Sucesso de Michael Jackson está na fórmula “Pop” que desenvolveu ao longo de sua carreira. Uma fórmula que mistura o tom “gospel” norte americano dos anos 70, abrangendo a liberdade do Rock, somada ao seu comportamento underground, em um estilo que envolve e o transforma em um ícone de criatividade única, mas plural, dançante e de vanguarda conceitual não esperada.
Sem falar da proposta heterogênea que o faz único. A Marca Michael Jackson traz em seu desenho o design do surpreendente. A resposta da boa e velha máxima que é a sentença “O que esse cara está inventando agora?”
Uma das características marcantes da marca Michael Jackson é o fato de ter iniciado sua caminhada aos 4 anos de idade quando começou a dispertar sua veia para o entretenimento. Aos 10 anos, com os seus Jackson´s Five dentro de um estilo Motown, recebeu o reconhecimento nacional após sua aparição no Programa Ed. Sullivan Show. Aos 13 anos de idade, começou sua carreira solo.
Porém, a sua visão de entretenimento “fantástico” aliada à música fez de Michael Jackson um comunicador expressivo. Sua marca ganha um caráter particular ao desenvolver trabalhos únicos, que o direcionam à construção de uma nova proposta de comunicação, por exemplo, usando o vídeo clip. Um bom exemplo disso é o famoso caso de “Thrillher”, que surpreendeu o mundo no começo dos anos 80. Clip de uma linguagem surreal, casada ao cinema de efeitos especiais, dentro de uma temática Pop dançante e que, ao mesmo tempo, inova no modo de fazer, de dizer, de apresentar e de contar uma história de uma canção.
Toda grande marca constrói marcas filhas para a sustentação de sua trajetória. Michael Jackson era clássico nesse conceito. Moonwalker é um forte exemplo disso. Uma estética particular e de um registro visual patenteado, para a qual qualquer similaridade ou referência seria logo transferida para seu criador.
Com isso, Michal Jackson produzia um trabalho que seguia além das fronteiras. O mundo se via no trabalho de Michael Jackson. O mundo imatava os passos de Michael Jackson. O mundo permitia- se, conhecia- se e enxergava- se no trabalho do artista. Existem súditos conquistados em um mundo criado por ele mesmo, assim, ficou fácil para Michal se auto- entitular “O Rei do Pop”.
Esses são alguns dos elementos que podemos citar como o “por quê” de tanto sucesso, badalação e processos judiciais de uma póstuma carreira bem sucedida. O nome de Michale Jackson se relacionava a adjetivos como “um ser esquisito”, “excêntrico”, “misterioso e surpreendente”; sua generosidade era marcante, e o registro do fim de sua trajetória morrendo jovem, faz da interrupção do ocorrido um marco que usa a própria história como um elemento a seu favor.
Ao invés de ser o fim de uma carreia musical bem sucedida, nasceu o brilho de uma estrela lendária marcada na memória de uma geração futura.
Fonte: administradores.com.br
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