Ao formar uma equipe temos o costume de
procurar e escolher as pessoas mais experientes e destacadas. Achamos
que elas podem trazer mais valor e credibilidade ao time, contribuindo
com as experiências já adquiridas para solucionar as tarefas. Porém,
diversos estudos mostram que as equipes com pessoas mais inexperientes,
jovens ou não, costumam apresentar melhor desempenho do que aquelas formadas por profissionais já estabelecidos.
A psicóloga e especialista em
desempenho Sian Beilock explica que isso acontece porque quando alguém,
por exemplo, ensina outra pessoa sobre algo que ela sabe menos, acaba
também aprendendo. “Alunos com desempenho fraco ajudam estudantes mais
fortes a pensar nos problemas de forma diferenciada ou ‘fora da caixa’, o
que facilita o tipo de criatividade que é normalmente requisitado
quando surgem problemas atípicos ou novos”, diz Beilock.
Além da inexperiência, os pesquisadores
destacam o grau de familiaridade entre os membros da equipe como
determinante para o sucesso da mesma. Um estudo analisou a performance
de diferentes equipes de artistas da Broadway e descobriu que aquelas em
que os membros possuíam um grau intermediário de intimidade alcançaram
os melhores resultados.
Os pesquisadores Brian Uzzi e Jarrett
Spiro, responsáveis pelo estudo, contam que os melhores times da
Broadway foram aqueles que tiveram um mix de relacionamentos. “Essas
equipes tinham amigos antigos, mas também tinham novatos. Essa mistura
resultou em interações eficientes entre os artistas – eles possuíam
estruturas familiares como apoio – mas também conseguiam incorporar
novas ideias. Eles estavam confortáveis uns com os outros, mas não
estavam tão confortáveis assim”, comenta Uzzi.
Isso é interessante porque normalmente
valorizamos muito mais o conhecimentos do que a interação no desempenho.
Esses estudos mostram que, ao formar equipes, é a diversidade que
conta, pois resulta em maior riqueza de conteúdos, perspectivas,
análises e, principalmente, soluções.
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