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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Reputação é fator negligenciado por líderes empresariais



Num momento em que 65 milhões de brasileiros estão presentes nas redes sociais, a inação não é mais uma opção: é preciso sair da inércia e gerir ativamente a reputação de sua marca nas mídias sociais.

Dados divulgados pelo Zeno Group expõem um quadro surpreendente sobre o papel da reputação da marca nas decisões dos líderes empresariais nos segmentos B2B e B2C. Confira os principais resultados.
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Mais de 1/3 dos CEOs não ponderam a reputação de sua empresa nas mídias sociais durante seu processo de tomada decisão. Fonte: Zeno Group (2013) - Gráfico por Géssica Hellmann & Cia.
  • Reputação é variável fora da equação: Mais de 1/3 (36%) dos CEOs americanos não levam em consideração a reputação de suas empresas nas mídias sociais quando tomam uma decisão de negócios.
  • Segmento B2B é menos atento. A situação é mais grave no segmento B2B, em que 43% nunca ponderam o efeito potencial de suas decisões nas mídias sociais, contra 30% no segmento B2C.
  • Inação como solução. Diante de uma publicação negativa nas mídias sociais, 10% das empresas consultadas simplesmente se limitarão a não fazer nada. No segmento B2B, a probabilidade de adotar a inação como solução é duas vezes maior do que no segmento B2C.
  • Resposta lenta a crises. Menos de 2/3 (63%) dos CEOs do segmento B2C e apenas 43% dos executivos do segmento B2C acreditam que suas empresas conseguiriam reagir a uma publicação negativa em até 24 horas.
  • Empresas maiores preocupam-se mais. Na tabulação dos dados por tamanho da empresa, apenas 29% das empresas com mais de 10 mil funcionários declaram ignorar a reputação da empresa nas mídias sociais, um número que sobe para nada menos que 45% entre as empresas com até 10 mil funcionários.
  • Empresas maiores reagem mais rápido. No grupo das empresas consideradas “grandes”, isto é, com valor superior a 10 bilhões de dólares, 63% dos CEOs acreditam que suas empresas poderiam reagir em até 24 horas a uma crise, contra apenas 43% no grupo das empresas consideradas “pequenas”, com valor inferior a 5 bilhões de dólares.
A situação revelada pelo Zeno Group mostra que uma fatia significativa das empresas americanas ainda permanece insensível a toda a evidência reunida nos últimos anos sobre a importância da reputação da marca nas mídias sociais. Nós mesmos abordamos o tema pela primeira vez em agosto de 2009, em artigo intitulado “A reputação de sua marca na internet”, salientando a importância da publicação de conteúdo, especialmente do blog corporativo, para uma gestão proativa e orientada para vendas da imagem corporativa nas mídias sociais.
Sobre a reação a situações de crise, já em setembro de 2009 abordamos um caso em que a marca Nestlé aparecia em má posição nos resultados de pesquisa Google devido a menções negativas no site Reclame Aqui. Em outubro do mesmo ano, trouxemos à tona o caso do ataque de hackers de que incluíram links para sites ilegais no site de ninguém menos do que a OAB – Ordem dos Advogados do Brasil.
Considere agora a abrangência que as mídias sociais alcançaram no Brasil de hoje, em que nada menos que 65 milhões de brasileiros estão nas redes sociais - número que representa quase um terço da população do país - 84% dos quais têm conta no Facebook e 55% ainda usam o Orkut. Diante desses dados, torna-se simplesmente impensável que um executivo sério continue a ignorar o potencial desse universo tanto para captação de clientes como para gerar problemas para a reputação de sua marca.
A única opção que restou às empresas brasileiras que, em pleno 2013, ainda não estão presentes de forma proativa nas redes sociais é fazê-lo imediatamente. Não há mais espaço para hesitações, a hora é de decisão fundamentada em pesquisa e ação integrada à estratégia de sua empresa.
(Originalmente publicado em "Reputação é fator negligenciado por líderes empresariais")

 

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