Se eu fosse redefinir os dogmas da vida não permitiria que estes
ultrapassassem a barreira dos sonhos, já que existe uma grande diferença
entre o que idealizamos e a dificuldade que temos de transpor para a
sua realização.
Muitos dizem que o gosto vem das batalhas, e que o prazer tem mais
sabor quando a conquista é suada. Gosto muito de valorizar cada fase e
etapa construída, mas sei que às vezes alguns parâmetros ofuscam as
verdades, pois somos condicionados a buscar realizações atreladas a
compensações e em muitas vezes acabamos por abandonar o que queríamos
pela convivência contínua imposta pela razão e sua influência nos medos.
A primeira coisa a ter relevância na vida é o fato de que temos que
gostar do que vemos no espelho. O principio de tudo é achar que valemos
a pena, e isso se inicia pelo aprender a gostar de si próprio, tendo
sempre a consciência de que num plano maior, olhando lá de cima, somos
apenas formiguinhas, e que estando em baixo, no chão da terra, temos a
oportunidade de ser a semente, o adubo, a água.
Você pode passar a vida toda atrás da estabilidade e isso não tem
nada a ver com o equilíbrio. Dependemos da regularidade, tanto quanto do
sentir a liberdade e mesmo quando nos limitamos para não afetar a dos
outros, nossas construções e sucesso vão depender da intensidade “do seu
eu satisfeito” e a sua forma de saber se incluir na aceitação dos
outros pelo prevalecer dos bons casamentos.
Seja tudo o que puder ser, mas não se enquadre no grupo dos que
comem para se manter em pé, dos que pensam que o melhor amigo é o
isolamento, dos que tomam cerveja apenas para ver a barriga crescer e
dos que pensam que sexo só serve para ter filhos.
Quando nossos caminhos estão migrando para o fim, encurte seu tempo
refinanciando-se para um novo começo, mude a cor da tua roupa, corte o
cabelo, vá a uma praia, suba a montanha mais alta e tente recuperar as
energias para que você mesmo não se veja como uma formiguinha.
Pense! Se o tempo é o responsável pelos parâmetros comuns a todos,
dê um jeitinho de enriquecer o seu, pois é dele que temos que abusar
quando da administração eficiente dos propósitos para que os resultados
comessem a substituir os vazios que impedem os caminhos.
Um dos grandes problemas comportamentais do ser humano está na
tendência de querer encostar-se à estabilização, fingindo-se satisfeito e
se definindo no grupo daqueles que não tem tudo o que querem, mas amam
tudo que tem. Queira mais, sempre, pois até para se manter é preciso
avançar, mudar para continuar.
Não pense que a vida tem que ser a mesma coisa todo dia, pois ela
deve sempre estar envolvida por uma válvula motivadora para medir o
índice “tesão” de tudo que alveja ser. Nem tudo vai dar certo, mesmo
porque sempre pensamos mais do que realmente podemos conquistar, mas
tenha para si que a qualidade possível do que colhermos dependerá do
quanto achamos que valemos à pena.
Fonte: administradores.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário