Familiares de uma senhora de 75 anos estão em um grande impasse
desde a noite da última segunda-feira (21). A senhora está em coma
induzido após dois Acidentes Vascular Cerebral (AVC) e internada no
Hospital Geral de Itapecerica da Serra há mais de quatro meses, ela
ainda sofre com uma bactéria contraída no próprio hospital, há
aproximado 25 dias e come por meio de sonda, apesar disso, médicos dizem
que ela está apta a receber alta e obrigam a filha dela a assinar um
termo de alta.
De acordo com eles, caso o termo não seja assinado, o Hospital
vai alegar abandono de incapaz e acionar o Estado para as devidas
precauções. “Os médicos dizem que minha vó já está quase morrendo e
agora só resta aguardar a morte dela, não no Hospital, mas sim em casa,
porque eles precisam liberar o leito para outros pacientes”, afirma a
neta da senhora.
A família contou ainda que a senhora, às 23h30, estava mais de 24
horas sem alimentação. “Ela está com mais três em seu quarto, as outras
receberam comida, menos ela”, afirmaram. Segundo os familiares, o
hospital além de obrigar a assinatura do termo, nem ao menos oferece uma
ambulância para transportar a senhora, que precisa ser levada em carro
próprio da família.
A família da senhora alega que não tem condições de cuidar dela
em casa pela dificuldade de alimentá-la, carregá-la devido ao seu peso e
até chegar próximo a ela, por causa da bactéria que não permite que
ninguém chegue próximo a ela, sem o uso de máscaras, avental (jaleco) e
luvas. “Não podemos ter contato com fezes, secreção e sangue”, contaram.
Além de todas essas complicações de saúde, a senhora ainda sofre de diabetes e pressão alta. Familiares dela contaram a reportagem
que devido ao estado de saúde da senhora e os cuidados que ela precisa
ter, a casa da filha dela já está toda equipada com cama, aparelhos de
aspiração, pressão, fraldas, entre outros. Para ser cuidada em casa, a
família precisa adquirir também balões de oxigênio, mas eles não têm
condições, devido ao alto custo.
Familiares da senhora foram, na noite da última segunda-feira
(21) até a Delegacia central da cidade registrar a ocorrência de
Preservação de Direito. Agora eles já pensam em acionar até mesmo a
justiça para que o Hospital Geral garanta o leito para a senhora e não
mais obriguem a família a assinar um termo de alta.
Em contato com o Hospital, na manhã desta terça-feira, a
reportagem foi informada que a senhora continua internada na Observação
Adulto, agora em relação a permanência dela no hospital, não tivemos
maiores informações.
Fonte: Jornal Na Net
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