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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Prefeitura gasta mais de R$ 1,4 milhão por ano com Parque das Hortênsias



Nos últimos meses, os moradores de Taboão da Serra e região têm visto uma série de reportagens, denúncias e reclamações sobre o Zoológico Parque das Hortênsias, em Taboão da Serra. A última notícia veiculada, no programa CQC da TV Bandeirantes, mostrava a falta de manutenção do local e um animal visivelmente doente. A Gazeta SP foi até o Parque conversar com funcionários e ver de perto a situação do Zoológico.

O Parque é administrado e totalmente custeado pelo município. Segundo Orçamento Municipal, em 2012 a Prefeitura deve gastar com o parque em um ano R$ 1.415.000. Por mês, o valor chega a mais de R$ 100 mil com manutenção do parque e alimentação dos animais. Só de carne para os felinos, primatas e outros, a previsão são 1.350 kg de Músculo Bovino e 1.200 kg de Coração, entre outras carnes para o período de três meses, e mais de 12 toneladas de frutas, verduras e legumes. Sem contar os medicamentos para o tratamento dos bichos.
Um dos animais que está recebendo tratamento e remédios há mais de suas semanas é o Veado Catingueiro, uma fêmea que chegou ainda filhote ao Zoo, em 1998 e completa 14 anos no próximo dia 18. “A expectativa de vida deste animal em cativeiro é de 15 anos. Assim como os humanos, quando os bichos estão em idade avançada apresentam doenças crônicas e ficam com a saúde mais frágil. É leviano levantar suspeitas de maus tratos sem conhecer a história e avaliar o animal”, enfatiza o biólogo do Parque Rodrigo Xavier.

O biólogo garante que os animais são bem alimentados e tratados de maneira adequada. Recentemente, técnicos do Zoo de São Paulo visitaram o Parque e aprovaram o tratamento e condições dos animais, e apontaram mudanças estruturais. São grades enferrujadas, bancos quebrados e ambientes sem pintura. “Sabemos e nos preocupamos em relação aos problemas de infraestrutura do Parque e já estamos com obras em andamento”, diz o secretário de Cultura e Turismo, Luiz Domingues.

Manutenção

O secretário diz ainda que a manutenção é realizada periódica e que em mais de 30 anos de funcionamento do Parque nunca houve acidentes com frequentadores. Domingues explica que há um grande projeto com as adequações apontadas pelo órgão fiscalizador, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA) sendo elaborado.

“As placas de identificação dos animais estão sendo confeccionadas e ficam prontas em no máximo dois meses. E também já realocamos alguns animais segundo exigência. Outra medida que será tomada será a ampliação do espaço dos tigres. Aos poucos estamos fazendo, mas é importante ressaltar que é a Secretaria de Manutenção da prefeitura responsável pelas obras maiores. A Secretaria de Manutenção realiza trabalhos em todo o município e aguardamos um cronograma para a conclusão das obras dentro do parque”.

Ainda segundo Domingues, o Parque das Hortênsias funciona todos os dias das 9 às 16 horas e é provável que as obras tenham que ser realizadas com o parque fechado pelo menos uma vez na semana, na segunda-feira.

História

O Parque das Hortênsias foi fundado há 34 anos, mas só ganhou registro de Zoológico em 1991. De 10 a 20 mil pessoas frequentam o parque em média na semana. Os dias com maior movimento são os finais de semana, onde milhares de pessoas de toda a região visitam o local. Em uma área de 48 mil m², entre os bairro Parque Assunção e Monte Alegre, o Parque tem um acervo de cerca de 400 animais, entre leões, tigres siberianos, répteis, aves e animais da fauna brasileira.

Parque nunca recebeu investimentos de empresas

Por se tratar de um órgão público, o Parque das Hortênsias não pode receber investimento direto de empresas. As parcerias são possíveis, mas podem esbarrar na burocracia e tempo. Segundo o secretário, o Parque nunca recebeu propostas de empresas interessadas em investir no Zoo.

Uma das alternativas para o Zoológico seria transformá-lo em Fundação, assim como o Zoológico de São Paulo que desde 1959 tem autonomia administrativa, financeira e científica. Domingues diz que o assunto precisa ser discutido em conjunto com a população e governo. “A administração municipal está preocupada com o parque e tem interesse em promover debates com a população para decidirmos o Parque que queremos ter no futuro”.

Fonte: Gazeta SP









 

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