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terça-feira, 27 de março de 2012

O cliente



Muitos administradores e a maioria dos governantes e políticos acham que os clientes e os contribuintes só têm deveres, jamais direitos. Os primeiros pensam que devemos comprar o que vendem, ao preço que querem; já os segundos arrecadam vultosos impostos, taxas e emolumentos para cobrirem seus excessivos gastos, suas farras eleitoreiras e seus trenzinhos de alegria (empregos).
Após anos - isto mesmo - anos sem ter móveis de cozinha resolvi com a ajuda da namorada, comprá-los; o atendimento preciso da minha amiga Cristiane que está acima de ser uma balconista e na hora da montagem, faltou uns itens de estética (tapa parafusos) e enviei e-mail ao fabricante, comunicando o que faltou.
Passou alguns minutos e veio a resposta, na qual informavam que estavam enviado, via correio o material faltante, sem contestar ou pedir maiores dados a fim de fazer um cadastro para envio de e-mail marketing.
Fiquei pasmo porque em muitos centros de atendimento ao consumidor primeiro é feita uma entrevista enorme, depois as exigências como envio de documentos e por fim dizem: se você assinou o conhecimento e não conferiu, nada podemos fazer.
Ledo engano porque nem sempre é possível abrir os volumes recebidos quer por falta de espaço, quer por própria proibição, que no meu caso – móveis – ao recebê-los, o entregador disse que quem iria abrir os volumes era o montador.
Hoje é o dia do cliente e gostaria de expressar os meus sentimentos a muitos deles, os quais chamo de CRIENTE porque, de um lado aceitam o que os administradores e governantes fazem e de outro, esquecem que podem mudar estes cenários, não mais comprando nos estabelecimentos em que são mal tratados e se uma cidade não dá a devida atenção aos seus munícipes, existem outras ávidas para ter nosso dinheiro e dar o retorno merecido; esta última é mais complicada, mas funciona, principalmente para prestadores de serviços como eu. Se minha cidade não dá retorno, monto minha empresa noutra, recebendo incentivos e descontos nos impostos: simples!
O ato de reclamar por erros de serviços, produtos com defeitos, faltas e avarias somente irá terminar quando houver ética nas empresas e com seus administradores; lembro que ética não é pagar os impostos, mas sim não usar mecanismos que lesem os clientes ou o próprio governo. Agir na ética é também obrigação e não uma vantagem.
Adoro quando entro em determinado lugar e sou chamado pelo nome ou mesmo quando ligo, a pessoa que atende já diz: bom dia Oscar, tudo bem. Isto é parte do CRM – customer relationship management – ou gestão de relacionamento com o cliente, que me envolve, encanta e abre minha carteira. Pode ser um programa de implantação cara, mas com retorno rápido do investimento – ROI – return on investment – o dono do negócio sairá vitorioso, obtendo maiores lucros porque eu consegui ver o valor agregado ao produto ou ao serviço prestado.
Sou cliente e não quero ser tratado como CRIENTE como muitos insistem; quero receber pelo que paguei e usar como foi publicado; quero ser bem atendido na pós-venda e ter solução rápida porque meu tempo é preciso e meu dinheiro tem valor e não preço como muitos acham.


Oscar Schild, vendedor, gerente de vendas e escritor (Crônicas de um Grande Vendedor)

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