O carioca Lúcio Amorim, de 27 anos, sempre teve interesse por ciências exatas. Por isso, o curso técnico em informática e a posterior formação em Engenharia de Telecomunicações foram escolhas naturais. “Meus pais também são engenheiros e isso fez com que a minha decisão parecesse a mais certa.”
Entretanto, desde a segunda semana de aula de Engenharia, Amorim percebeu que havia algo errado na sua escolha. Apesar de já trabalhar na área desde que se formou em informática, não se sentia à vontade com as exigências do curso. “Fui levando e só fui desistir do curso depois de um ano. Precisava ter certeza de que aquele não era o projeto de vida que eu queria.”
O curso de Engenharia exigia dedicação exclusiva e, apesar da facilidade com números, Amorim descobriu que as aulas seriam cada vez mais monótonas. “Percebi que meu interesse por Engenharia era superficial, principalmente após o convívio diário com veteranos e profissionais da área. Aquilo tudo estava me desmotivando. Foi então que decidi arriscar tudo e prestar um novo vestibular.” Em 2009, se formou em Publicidade e Propaganda – e, atualmente, atua como gerente de relações públicas na Prefeitura Municipal de Nova Friburgo, Rio de Janeiro.
Quem lidera os rankings de mudança de carreira são os jovens que estão começando sua vida profissional. Segundo Ana Carolina Mussio, psicóloga e analista de carreiras da Veris Faculdades, eles mudam porque não têm muito conhecimento de si mesmos, não sabem definir seus gostos e muitos não tiveram a chance de experimentar uma profissão.
“Na maioria das vezes, são pessoas curiosas, que buscam todo tipo de informação e que na hora de escolher têm que lidar com outras variáveis, como o desejo dos pais, a profissão da moda, a mais bem remunerada ou aquela que o amigo escolheu. É uma fase de conflito e na qual pode haver muitas mudanças no percurso.”
Fonte: Ig
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