A gestão surgiu após a era
da revolução industrial quando as pessoas perceberam que nem todos os problemas
se limitavam ao processo industrial, mesmo hoje ainda não existe uma definição
unanime para o conceito de gestão, mesmo tento evoluído á passos largos nos
últimos 100 anosainda têm um longo caminho pela frente.
Fala-se muito em gestão, mas
ainda observamos pouca gestão eficaz no dia a dia das organizações.
Um gestor bem sucedido deve
ser polivalente já que não possui uma profissão específica. O conhecimento
técnico é apenas a porta de entrada para este mundo, uma vez dentro dele saber
lidar com as pessoas se torna fundamental para o seu sucesso.
Uma das principais funções
do gestor é auxiliar as pessoas a tornarem-se mais do que acham que podem ser,
transformá-las no que sonham ser e ainda encontrar a melhor posição na empresa
para que este colaborador possa através de seus talentos, atingir o melhor
resultado para a empresa e para si mesmo.
Muitas pessoas defendem que
um fator essencial para a gestão é a paixão, ou seja, gostar daquilo que faz.
Eu discordo. A paixão é essencial em qualquer coisa que você faça na vida,
fritar um ovo, realizar uma cirurgia neuropediatrica ou implementar um projeto
de milhões, chamo isso de grau de excelência. Não existe meio termo quando nos
referimos á excelência, ou você faz as coisas bem feitas, dando o máximo de si,
ou não faz, enfim paixão não se resume apenas a gestão, mas para tudo que
fazemos.
As palavras que me vem em
mente quando falo em gestão são: garimpar e lapidar, mas antes de continuar
vamos definir o que significa cada uma delas.
Garimpar é a procura de
metais e pedras preciosas na terra já lapidar é a arte de polir e facetar
cristais e pedras preciosas
Por outro lado garimpar também
é definido pelo dicionário como “meter o dedo no nariz” e lapidar como
apedrejamento.
Visto as definições acima
podemos observar que como em garimpar e lapidar a gestão também apresenta um
lado oculto e maligno que ao invés de auxiliar as pessoas, sua função primaria,
ás atrapalha, ou seja, desestabiliza os colaboradores e por sua vez a
organização.
Conheço muitos exemplos de
gestores que consciente ou inconscientemente “apedrejam” metaforicamente seus
colaboradores já quanto “meter o dedo no nariz” prefiro não aprofundar o
raciocínio para não ser mal interpretado.
De qualquer modo alguns
executivos utilizam o “lado negro da força” em sua gestão. Ao contrario do que
imaginamos este estilo até atinge os resultados, mas com um alto custo para a
equipe alem de não sustentar-se por muito tempo.
Os verdadeiros gestores
desenvolvem pessoas para atingir objetivos e resultados, por isso um dos
primeiros passos para o crescimento da organização é tornar os gestores
eficazes.
Tornando os gestores mais
eficazes criamos um clima para o desenvolvimento de colaboradores mais
assertivos que conseguem atrair e encantar mais clientes com isso melhorando
resultados e aumentando a lucratividade. Enfim tudo começa pela gestão.
O gestor deve desenvolver um
estilo que respeite as pessoas como indivíduos, e não apenas como peças da
maquina organizacional, deve ser percebido como um “garimpeiro” de talentos que
permita e incentive a cada membro da equipe aplicá-los em prol de seu
crescimento e da empresa. Para isso deve saber motivá-lo a se desenvolver.
Agindo assim o gestor
aumenta a suas chances de evoluir de forma natural perante a equipe para
assumir um papel de liderança sustentável.
É inegável a preocupação que
ronda a vida dos gestores quanto ao sucesso na esfera corporativa, coletiva e
individual.
O grande paradoxo que este
executivo deve enfrentar no século XXI evolve repensar alguns valores
enraizados como, por exemplo, o mito do sucesso individual, pois na realidade o
sucesso profissional está intimamente ligado ao sucesso de sua equipe e por sua
vez da empresa.
Essa nova visão de sucesso
coletivo tem levado alguns profissionais a rever as suas atitudes para realizar
ações que realmente agreguem valor. Para isso devem tratar a sua equipe como
adultos responsáveis pelo seu próprio destino sem deixá-los agir contra o
interesse do sucesso mutuo.
Por isso os gestores têm a
obrigação de estabelecer vínculos entre o desenvolvimento pessoal do individuo
e o atingimento de resultados sólidos para as organizações sem os quais não
haverá sustentabilidade para o negocio.
Outra questão que exige
reflexão por parte do gestor é que não é nem ele nem a empresa que detém o
controle sobre as necessidades de mudança dos colaboradores, mas o mercado,
especificamente, o cliente.
Para reforçar a minha
opinião da importância de uma atitude de gestão ativa voltada para resultados
utilizo-me duma inscrição encontrada na lápide de um bispo anglicano na Abadia
de Westminster datada de 1.100 d.c
“Quando era jovem e minha
imaginação não tinha limites, sonhava em mudar o mundo. Depois fui crescendo,
pensei que não havia maneira de mudar o mundo, assim me propus um objetivo mais
modesto e intentei mudar somente meu país.
Mas com o tempo me pareceu
também impossível. Quando cheguei à velhice, me conformei com intentar mudar
tão somente a minha família e aos mais achegados a mim. Mas também não
consegui.
Agora, nos meus últimos
dias, tenho compreendido que se tivesse começado a intentar a mudança por mim
mesmo, talvez minha família teria seguido meu exemplo e tivesse mudado e com
sua inspiração e alento, quem sabe, teria sido capaz de mudar meu país, talvez
inclusive o mundo”.
Refletindo sobre as palavras
acima do abade concluímos que a única pessoa que você realmente tem poder de
mudar é você mesmo.
Por isso o a culpa é toda
sua se você não é um gestor assim ou se você não tem um gestor assim em sua
organização.
Fonte: administradores.com.br
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