A Rodovia Régis Bittencourt
(BR-116) que liga a Capital do Estado à cidade de Curitiba, no Paraná, deve
receber nos próximos cinco anos, R$ 1 bilhão em investimento. O valor foi
anunciado na manhã da última Quinta durante coletiva de imprensa da Arteris,
empresa que tem a concessão da rodovia. Entre as principais obras está a
duplicação da Serra do Cafezal, trecho na região do Vale do Ribeira, que hoje é
um dos maiores gargalos da rodovia que recebe mais de 20 mil veículos
diariamente, a maioria caminhões em direção ao sul do País.
Dos 30 quilômetros do trecho
da Serra, 11 já foram duplicados, mas os 19 restantes devem ficar prontos
somente em 2017. Entre os motivos do atraso, o superintendente da Autopista
Régis Bittencourt, Eneo Palazzi citou alterações no projeto inicial, demora nas
licenças ambientais, aprovação de projeto e desapropriações. “A conclusão total
está prevista para 2017, porque há trechos muito complexos com túneis e
viadutos que serão construídos em grandes alturas e com técnicas de engenharia
bastante específicas para a geografia do local e com o mínimo impacto
ambiental”, explica Palazzi.
Impacto ambiental
No trecho que ainda não está
duplicado serão construídos quatro túneis com 1.800 metros de extensão. “Um só
túnel poder causar um impacto ambiental muito importante, por isso é preciso
fazer o projeto respeitando a topografia e as características do local”,
ressalta Palazzi. O trecho faz parte da Serra do Mar e sua vegetação é um
dos poucos exemplares de Mata Atlântica do País, e para recompensar o impacto,
a empresa deve plantar 400 mil árvores de espécies nativas.
A expectativa é que depois
da duplicação, o tempo de viagem diminua e principalmente que a rodovia fique
mais segura com menos acidentes. “Nesses 11 quilômetros já duplicados,
conseguimos reduzir o tempo de viagem em pelo menos 10 minutos, além da redução
dos acidentes, pela melhoria da sinalização do trecho”, enfatiza o
superintendente.
Pedágio
Depois dos investimentos, a
contrapartida para o usuário da rodovia será o aumento nos valores do pedágio,
mas segundo o superintendente, não serão altos. “Para gerar uma receita de um
milhão, por exemplo, é preciso aumentar no máximo em R$ 0,10 o pedágio, então
os usuários e principalmente os caminhoneiros podem ficar tranquilos que não
pesará no bolso”. O valor do pedágio nas seis praças da rodovia é de R$ 1,80
para veículos de passeio.
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