Em entrevista ao programa
Bom Dia, Ministro, o titular da Saúde, Alexandre
Padilha, falou sobre a aprovação da Medida Provisória que cria o programa Mais
Médicos. Para ele, a MP, que segue para sanção da presidenta Dilma Rousseff, na
próxima semana, vai agilizar o começo do trabalho para os profissionais, e
ajudar o governo federal a cumprir a demanda de 12 mil médicos para os
municípios até março de 2014.
“Agora que conseguimos
aprovar na Câmara e no Senado que o registro seja feito pelo Ministério da
Saúde, um dos empecilhos que nós estamos tendo para começar o atendimento para
esses médicos, que às vezes é o atraso da emissão do registro pelos CRMs, está superado.
Ou seja, o ministério vai poder pegar a documentação desse médico, emitir o
registro, e caberá ao CRM fazer o processo de fiscalização. Isso vai fazer com
que o atendimento comece ainda mais rápido. Todos os municípios que pediram
médicos do Mais Médicos serão contemplados”, afirmou.
Padilha ainda fez uma
avaliação dos resultados obtidos durante o primeiro mês do Mais Médicos. Cerca
de 3,6 milhões de brasileiros receberam atendimento, e 360 mil consultas
médicas foram realizadas pelos profissionais do programa, o que, segundo ele,
mostra que o que estava faltando era exatamente um médico nas unidades. Além
disso, o ministro lembrou que este é apenas o primeiro passo num conjunto de
mudanças para melhorar a saúde pública no país.
“O Mais Médicos também
coloca a disposição a todos os municípios brasileiros recursos para reformar,
ampliar e equipar as unidades de saúde. Nós vamos acompanhar as cidades que
estão recebendo os médicos para saber quais são as dificuldades, o que está
faltando, o que pode ser aprimorado. Até para ver qual a estrutura que precisa
melhorar e quais os medicamentos que precisam existir, a figura e a presença do
médico na unidade é decisiva”, ressaltou Padilha.
Além do Mais Médicos, o
ministro comentou também sobre as medidas de fortalecimento das Santas Casas e
Hospitais Filantrópicos, responsável pela maioria das internações do Sistema
Único de Saúde (51%). Ele citou uma lei sancionada que
facilita o certificado de funcionamento, além da criação de planos de apoio
financeiro para que dividas sejam quitadas e do aumento de 26% para 50% do
incentivo pago aos serviços prestados por estas instituições.
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