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segunda-feira, 23 de abril de 2012
Estou maior que meu cargo. E agora?
Motivados pela necessidade de se diferenciarem perante o mercado e incentivados pelos programas de desenvolvimento interno das organizações, muitos profissionais procuram qualificar-se continuamente até o ponto em que adquirem competências e habilidades superiores às necessidades de entrega exigidas pelo cargo ocupado ou pela própria empresa.
E então, o que fazer nesses casos? Esquecer todo o conhecimento acumulado, deixando que ele se apague com a rotina que nos são impostas? Buscar a passividade para não demonstrar todo o potencial de entrega? Tentar convencer a chefia que temos condições de assumir novos projetos? Ou, então, escolher ser um funcionário que reclama de tudo, que protesta em todas as situações que não é reconhecido, deixando que a frustração profissional tome conta de nossos dias? Considero que a resposta correta é pouco diferente!
No momento em que percebemos que crescemos mais do que nosso cargo demanda e que a empresa onde atuamos está se desenvolvendo em um ritmo menos acelerado, devemos ampliar as possibilidades e as perspectivas individuais procurando novas opções. Recomendo, inicialmente, dedicar-se ao máximo, obtendo os melhores resultados possíveis na função. Para isso devemos: implantar todos os novos projetos solicitados, disseminar conhecimento, preparar sucessores e fazer com que nossas habilidades e competências agreguem muito valor ao nosso cargo, setor ou empresa.
Porém, se concluirmos que realmente não há mais espaço para tais entregas devemos assumir o controle de nossa carreira, buscando novas oportunidades no mercado, abrindo espaço para outros profissionais que também estão em busca de novas possibilidades de entrega e que, muitas vezes, por nossa insistência em não deixarmos aquela posição, são brecados em seu processo de desenvolvimento.
Desta forma, estaremos receptivos para o que o mercado pode nos oferecer e possibilitaremos maiores chances para os demais colegas que continuarão na empresa. Também não devemos esquecer que além das diversas competências que nos diferenciam como profissionais, precisamos sempre de muita ousadia, segurança e fé de que tudo dará certo e, é claro, uma grande dose de desapego às posições ou facilidades oferecidas pela empresa que atuamos hoje e que, muitas vezes, nos paralisam.
É muito importante deixarmos de querer vestir aquela roupa, que ainda está linda, que serviu perfeitamente quando a compramos, mas que hoje está justa e não nos serve mais. Pense nisto e sucesso em suas decisões.
Fonte: rh.com.br
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