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terça-feira, 10 de abril de 2012

10:00 h. são 10:00 h. e não 10:30H. ou daqui a pouquinho!



Não importa a sua maturidade, mas um compromisso importante e sério agendado sempre gera uma ansiedade e expectativa. Pelo menos para uma das partes. Após todos esses anos de atuação em consultoria, seja na área de Gestão ou de Seleção de Executivos, o agendamento de uma reunião ou encontro com um atual ou futuro cliente/fornecedor/parceiro/outra pessoa, sempre gera uma expectativa. Pelo menos no meu ponto de vista. Pois, fui educado para isso. Você pesquisa informações sobre a empresa e/ou profissional, calcula umas quatro vezes (no mínimo) o seu tempo de deslocamento e itinerário, escolhe a roupa, revisa a sua argumentação e/ou apresentação, e acima de tudo leva em consideração que o bem mais precioso que um profissional em posição de liderança tem é o seu tempo. E se uma das partes abre uma brecha na sua agenda para este momento, este momento tem que ser especial.
Uma das competências para um gestor de alta performance é o gerenciamento do seu tempo e definição de prioridades. E me assusta e muito o atual GAP que encontramos em grande parte dos gestores. Pesquisa, estudos e constatações nos comprovam que o gerenciamento do tempo e das prioridades, agregam valor ao profissional e a organização que ele faz parte.
Esta semana, passei por mais uma que gostaria de dividir com você. Após a grande negociação que é conciliar as agendas em comum para as partes envolvidas consegui entre eu e um futuro cliente (e desejo que venha a ser) uma reunião às 10:00 horas. Vocês podem estar se perguntando, mas bem no meio da manhã, porque? Trânsito leitor(a). Ou seja, perder uma manhã quase toda por causa de uma única visita para um futuro cliente. Mas, isso faz parte. Chego às 09:30 h, como todo manual diz. Sento, amenizo o calor e a agitação, leio uma revista e aguardo nosso encontro. Após passados 50 minutos, sem ter nenhuma satisfação de ninguém da empresa, ligo da recepção eu mesmo para meu contato (que teoricamente está na empresa) e a secretária me informa que está em uma "reuniãozinha" e que daqui a pouquinho me chama. Fecho minha revista, vou embora e sigo meu dia sem ter a minha reunião. Depois de uns 50 minutos que saí, meu celular toca e é meu contato dizendo que já está disponível, pedindo desculpa pelo atraso.
A conversa segue e uma nova negociação de agenda é feita. Mas, de novo, que hábito improdutivo e condenável é esse de algumas pessoas não conseguirem dar o mínimo de satisfação ao outro, tão pouco observar uma agenda? Isso é básico. Releiam o artigo que falo sobre educação e crescimento profissional. É uma total falta de empatia para com o outro profissional. Todos temos agenda (formal ou informal) e compromissos, independente de sermos fornecedores e/ou contratantes. E esse ponto tem que ser levado em consideração, já que esses papéis constantemente se invertem em algum momento. Por isso ao alinhar e agendar um compromisso com outro profissional tenha algumas noções básicas para um melhor aproveitamento deste tempo, tão precioso, das partes envolvidas, e busquem um alinhamento dos:
Pontos a serem tratados;Disponibilidade de tempo que cada um terá para discutir e concluir estes pontos;Confirme o compromisso com antecedência;Tenha o cuidado e a empatia de informar da possibilidade de um eventual atraso/cancelamento, com uma antecedência, é lógico.
Aí você me diz: mas Marcio, eu tenho o interesse de vender ou conversar com aquela pessoa. Mas, pense o seguinte, se o outro lado não lhe considere neste momento, será que ele vai lhe considerar como uma das partes interessadas? As relações são construídas em bases de confiança e consideração. E a falta de consideração de uma agenda é uma deselegância extrema. Eventualidades e fatalidades acontecem, mas satisfações mínimas são necessárias.
Bom final de semana e hoje no happy hour chegue no horário para não correr o risco de ao dividir a conta você fique em desvantagem.

Fonte: administradores.com.br

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