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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

A face oculta dos planos de saúde



Finalizadas as retrospectivas 2012, começam as projeções e previsões para 2013.
A esta altura muitas empresas já com seu planejamento estratégico elaborado, vão iniciar a prática dos planos operacionais para o ano, que na verdade deve começar mesmo, dia 18 de fevereiro, após o Carnaval.
Janeiro é mês para continuar com os melhores momentos do ano passado e aquele maravilhoso irreality show chamado BBB (Reality quer dizer realidade. Quem passa dias e dias, em uma casa trancado, sem fazer nada, a não ser fofocas, exercícios leves, festas e namoricos despretensiosos?)
Mas janeiro, também é o mês, que se inicia a projeção – previsão dos economistas sobre o PIB do Brasil, as ações que irão render mais ao longo do ano e das empresas que serão um "show" de crescimento.
Antes de iniciar a prática de seus planos operacionais, quero solicitar sua reflexão para dois artigos recentes publicados na Folha de S.Paulo, neste janeiro de 2013.
O primeiro, de autoria de Bráulio Borges, chamado "Análise: Mesmo com erros, projeções são importantes para tomar decisões, publicado dia 3/1/2013.
Neste artigo, o economista-chefe da LCA Consultores, afirma "... todo começo de ano acontece a mesma coisa: exacerbam-se as críticas do grande público aos analistas econômicos (economistas principalmente) e às suas projeções, a ponto de muitos questionarem a real utilidade desses profissionais para a sociedade como um todo. Em seguida, diz "E isso nunca vai mudar. Por quê? Porque os erros são inevitáveis, em razão de uma série de fatores que vou elencar a seguir.
Em primeiro lugar, o mundo real é caracterizado pela incerteza com relação ao futuro. Embora há muitas décadas venha se tentando quantificar, através da análise de riscos, parte dessas incertezas, o fato é que elas sempre estarão presentes.
Eventos como uma guerra, a quebra de um grande banco ou catástrofes naturais são muito difíceis de serem previstos com uma antecedência razoável, mas geram efeitos relevantes sobre o ambiente econômico.
Em segundo lugar, um bom analista econômico, ao utilizar seus modelos estatísticos de projeção, sabe (ou deveria saber) que um modelo é sempre uma simplificação da realidade, por definição.
Por mais que se possa (e se deva) melhorar os modelos ao longo do tempo, eles nunca conseguirão captar toda a complexidade do ambiente econômico do mundo real.
Não custa lembrar, também, que uma projeção central gerada por um modelo qualquer sempre está associada a um intervalo de confiança e também a uma probabilidade de ocorrência.
Aproveitando esse último ponto, já entro na terceira questão: a grande maioria dos analistas possui mais de um cenário, cada um deles com suas respectivas probabilidades (que podem ir mudando ao longo do tempo).
Obviamente, quem tem dez cenários na prática não tem nenhum. Mas, usualmente, os analistas têm dois ou três cenários --e nem sempre os usuários das projeções e o público sabem (ou têm interesse em saber) disso.
Em quarto lugar, às vezes o próprio passado é incerto: em meados de 2011, o governo americano revisou fortemente o PIB desde 2008, mostrando que a recuperação da economia não foi tão brilhante assim; os dados históricos podem ser fraudados (como ocorreu nos escândalos contábeis no início da década passada nos EUA ou com as finanças da Grécia recentemente) e, algumas vezes, escondidos propositadamente.
Em quinto lugar, o mundo real é permeado de múltiplos equilíbrios (muitas vezes instáveis). Um país que em um momento é considerado solvente, pode, do dia para a noite, tornar-se insolvente aos olhos do mercado. Nem sempre é trivial prever esses movimentos. Mas eles ocorrem o tempo todo".
O PIB do Brasil
Bem, meu caro leitor/leitora é importante lembrar que começamos o ano de 2012 com previsões – projeções, para PIB do Brasil assim "Previsão de crescimento em 2012 cai para 3,3% em boletim do BC", segundo a BBC Brasil no dia 2 de janeiro, 2012.
Praticamente todos os meses as previsões e projeções foram se alterando, até por hora, a mesma BBC Brasil informar em 19 de dezembro 2012 "o PIB do Brasil deve se expandir 1% em 2012".
A pergunta que deixo para você responder: qual a relação entre o PIB e seu negócio? Os profissionais da sua empresa foram atualizando, revisando o PIB do Brasil, o ano inteiro, mês a mês?

Artigo 2
Segundo artigo "Não são previsões, são chutes - muitos economistas fingem ser oráculos, o que seus erros, ano após ano, demonstram ser falso"
Neste artigo, Clóvis Rossi, Folha de S.Paulo, 6 de janeiro de 2013, comenta "Depois de ler as tais razões (artigo de Bráulio Borges), a única conclusão possível é a de que não há previsões, mas "chutes", até porque a primeira razão já seria suficiente para não tomar palpites de analistas/economistas como se fossem a palavra de Deus: "O mundo real é caracterizado pela incerteza em relação ao futuro".
Existe salvação?
Bem "Borges termina seu artigo defendendo a validade do que chama de "projeções", mas que, na verdade, são "chutes". Escreve: "É bem melhor enxergar a luz no final do túnel (mesmo que possa estar bem distante) do que tentar caminhar na completa escuridão", diz Clóvis Rossi.
E finaliza "bom argumento, desde que os jornalistas deixemos claro que a luz pode ser a da saída do túnel ou a de um trem vindo em direção contrária ou de um vagalume ou de qualquer outra ilusão ótica", afirma Clóvis Rossi.
E você meu caro leitor/leitora tem confiado nas previsões e projeções dos economistas? E sua empresa como tem reagido a esta avalanche de contradições? Como você trata este tipo de informação e mais do que isso como você analisa este tipo de informação?

Fonte: administradores.com.br

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