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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Ética como valor estratégico




“A ética passa a ser tema prioritário, diante de tamanha crise moral em nosso País. O consultor XYZ, uma das maiores autoridades do assunto, está com a agenda lotada para palestras e cursos e impressionado com a adesão da sociedade na busca da ética na vida moderna, em todos os níveis”. 


Onde e quando? De um jornal de Economia e Negócios do Rio, em 2003.
Contudo, rápidas transformações comprometeram o comportamento dos indivíduos, das organizações e da sociedade. Observa-se de uns tempos para cá, coincidindo com a redemocratização, que virou mais um dos muitos modismos falar de posicionamentos a fim de demonstrar preocupação com o tecido social e sua degradação. São palavras de ordem como responsabilidade social, sustentabilidade, responsabilidade civil etc. Mas o que se nota é a superficialidade com que os temas são tratados. A Ética lidera, embora mais falada do que praticada. Então, vamos espichar mais um pouco. Estão preparados?

O que se se percebia no passado era o princípio conhecido como difusão de responsabilidade: todos achavam que o governo cuidava dos problemas e a responsabilidade era deles, dos governantes. E nada era cobrado. A era da letargia.

Hoje, as mídias cobram, as negociatas são descobertas, inquéritos abertos e apurados, e o vem pra rua abraçou o País.


Ora, cabe às empresas, antenadas à renovação dos paradigmas, focalizar a relevante questão da ética empresarial como estratégica.

Assim, já se discute a ética até no âmbito privado, pois que é até fácil conceituá-la, lembrando Confúcio, que há séculos definia o moralmente inaceitável- o antiético- como tudo aquilo que “esconderíamos de nossos vizinhos de aldeia”.

Na esfera organizacional, que é importante manter a coerência entre o falado e o feito- o abordado nos códigos e as práticas- pelas empresas e pelos seus empregados Distinguindo-as pelo comportamento ético dos seus quadros. É um intangível-tangível com elevado valor estratégico para o êxito das atividades empresariais.

Recorrendo à tendência mundial, é a conscientização do cidadão e a mudança de atitude deles com as que: agridem o meio ambiente, expõem e vendem produtos ruins, fora das especificações e validades, não entregam os produtos/serviços contratados, não exercem boas práticas organizacionais, enfim violam os preceitos da Ética.

Assim, o cidadão-consumidor adquire um papel importante ao optar por não adquirir produtos e serviços das do grupo de malfeitos. É a maior condenação.

Porém, se atentas e bem preparadas, as empresas passam a enxergar como valor estratégico o forte comprometimento ético de seus gestores e funcionários. Tiram das gavetas da diretoria os Códigos e estimulam o seu pessoal, por meio de divulgação, consultas e reuniões, o debate.
Assim, se há valor estratégico para as empresas, o caminho da Ética precisa ser amplamente conhecido, divulgado e debatido internamente, todos- todos,.com viés de respeito às pessoas, profissional- profissional, empresas- profissional, para a conquista da harmonia entre pessoas, a sobrevivência das empresas e das instituições.

Além disso, é preciso que acedamos que o Código não é uma peça acabada, definitiva. Não são eles concebidos com uma visão de permanência definitiva porque o mundo está em constante mutação e devemos considerar: época, local, comportamentos, valores e princípios.

Enfim, o Código– mensagem aberta à empresa e à sociedade–, se por todos acatado, servirá de bússola para a sadia convivência organizacional, daí para um ambiente propício à inovação e a busca incessante pelos ganhos de produtividade e com isso alcançamos a competitividade.. Portanto, há valor estratégico na opção pela Ética. Vamos a ela!


Fonte: administradores.com.br

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