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quinta-feira, 9 de agosto de 2012
'Não quero dar minha filha', diz catador após sumiço de esposa
Antônio Santana, de 46 anos, sofre com o sumiço da esposa que desapareceu há nove dias da casa onde mora no bairro de Sussuarana, periferia de Salvador.
Desde então, o catador de materiais recicláveis deixou de trabalhar e fica em casa para cuidar da filha que tem apenas sete meses. Ele pede ajuda para conseguir encontrar a mãe da criança.
"Eu não tenho leite. Só tenho para mais uma mamadeira. Não tenho mais nada para ela e nem para mim", diz o pai da criança. Além de não saber onde está a mulher, o pai sofre com o medo de não conseguir criar a filha sozinha. "Eu não quero desprezar a minha filha. Não quero dar a ninguém. Eu quero assumir e criar ela. Quando eu penso no aluguel da casa e saber que eu não tenho para onde ir com ela. Para onde eu vou, para debaixo da ponte?", teme.
A residência simples, de apenas dois cômodos, foi alugada há um ano e cinco meses quando a família chegou de Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo Baiano, para tentar uma vida melhor na capital.
O marido diz que a mulher pareceu se despedir da filha quando saiu de casa dizendo que ia colocar uma carta nos Correios. "Essa carta era para a mãe dela, para ela colocar um documento e trazer de novo para que eu possa registrar a minha filha com ela. Ela saiu com a roupa do corpo", diz Antônio. "Eu acho que ela foi morar em Porto Seguro porque a mãe dela sempre ligava dizendo que era para nós irmos morar lá".
Fonte: Globo.com/G1
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