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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Motivação: receita do sucesso das corporações?



A afirmação de que o colaborador motivado produz mais e melhor já é lugar-comum no mundo corporativo. Mas, o desenvolvimento dos setores de comunicação interna e recursos humanos mudaram este panorama e "motivar" se tornou um trabalho conjunto e que precisa, antes de tudo, ser bem planejado e estar alinhado ao posicionamento e estratégia da corporação.
Para o coach Sandro Pereira, a motivação deve ser encarada como um processo endógeno, que vem de dentro para fora, sendo que, cada pessoa é suscetível a diferentes tipos de estímulo. "Um bom começo para promover a comunicação interna é conhecer seu público alvo e suas necessidades", explica.
Pereira destaca que a convivência de três tipos de geração dentro das empresas merece cuidado e atenção:
"Estar atento a essas questões pode produzir excelentes resultados. Por exemplo, o RH pode separar a cesta de benefícios de acordo com as necessidades de cada geração, promovendo assim, uma maior motivação aos colaboradores", afirma.
Mariela Fontanele, diretora de recursos da Elumini, explica que uma política motivacional só será bem sucedida na empresa se houver forte interação entre as ações de comunicação interna e dos recursos humanos, que, por sua vez, devem estar alinhadas às expectativas dos profissionais, para resultarem em motivação.
"Sabemos que a motivação é a reunião de alguns fatores relevantes como plano de carreira, qualidade de vida, ambiente de trabalho, liderança inspiradora, remuneração. Fazemos o planejamento anual das áreas baseado no resultado coletado das pesquisa", conta.
Pílulas de motivação
Para Jô Furlan, médico e autor do Programa de Desenvolvimento de Liderança Comportamental, mensagens e conteúdos estimulantes podem ajudar os colaboradores a agir de forma positiva, mesmo em momentos difíceis. São as chamadas "pílulas de motivação". Furlan afirma que as relações interpessoais também são fundamentais:
"Sabemos que podemos estimular as pessoas a acessarem certos "estados internos emocionais e cognitivos" que realmente permitam ver e lidar com as situações do dia-a-dia de forma diferente, construtiva, proativa e bem humorada", acrescenta.
Para empreender processos que estimulem a motivação, a figura do gestor revela-se de grande importância, especialmente, em grandes equipes, ressalta Furlan.
O endomarketing tem sido a forma encontrada pelas empresas para dar valor e visibilidade à informação e para alicerçar o papel do RH como o primeiro e o mais importante caminho de repasse das informações, como apresenta Glauco Cavalcanti, professor da FGV e autor do livro Empreendedorismo – Decolando para o Futuro escrito com Marcia Tolotti.
Liderança: ferramenta de sucesso
Cavalcanti destaca que todas as ferramentas de endomarketing devem integrar o colaborador no universo da organização e criar nele o sentimento de pertencimento, além, é claro, de capacitá-lo para ser um advogado da marca:
"O primeiro cliente é o cliente interno e por isso, é importante que ele conheça e compre a empresa, seus produtos e processos, afinal uma marca forte é construída de dentro para fora", afirma.
Além de uma boa comunicação e foco nas informações relevantes para os públicos internos prioritários, outro elemento é fundamental no processo de gestão da motivação dos colaboradores: a figura de um chefe que seja também um líder. Estando à frente das equipes, o líder tem papel quase simbólico, gerando identificação com os colaboradores:
"O ingresso no novo milênio tem levado pessoas e organizações a refletir e a buscar o verdadeiro significado do papel que representam. Para as pessoas, amplia-se a necessidade não só de encontrar identificação com seu trabalho como também de se sentir parte integrante do ambiente a que pertence", ressalta.
Termômetro do desânimo
O aumento do número de equipes desmotivadas nas empresas brasileiras se relaciona à mudança na forma de encarar o mundo do trabalho. O professor da FGV conta que atualmente, o homem não aceita mais ser somente peça da engrenagem, mas quer entender o sentido do seu trabalho, participar dos processos decisórios, lucros e, acima de tudo, contribuir para um objetivo maior na corporação.
As empresas que não adotam nenhuma forma de valorização do colaborador e os gestores que ainda encaram as políticas de comunicação e as ações do RH como custos, devem estar atentas. Os primeiros sinais se manifestam no dia–a-dia das equipes e têm impactos não apenas nos projetos, como também no ambiente da empresa como um todo.
O fantasma do absenteísmo, ou seja, ausência no posto de trabalho, começa a se manifestar, aliado ao aumento do número de profissionais que adoecem com recorrência e à falta de compromisso com a entrega dos trabalhos, além do famoso "rádio corredor".
"O envolvimento das pessoas com o trabalho que executam e a motivação para executá-lo estão diretamente proporcionais à habilidade da liderança em dar o norte e sentido às pessoas tornando-se um criador de orgulho, pois, sentir-se bem acerca das realizações do dia-a-dia e integrado no ambiente de trabalho são fontes de motivação que influencia os comportamentos", conclui. 


Fonte: administradores.com.br

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