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sexta-feira, 15 de julho de 2011

O líder se foi: quem assume o barco?



Não são raros os exemplos que temos de empresas, principalmente as familiares, estabelecidas ao longo de décadas como grandes sucessos e que de uma hora para a outra desmoronam, quando aquele velho líder de sempre tem de deixar o posto. A ausência de substitutos à altura é um problema real de muitos empreendimentos diante da necessidade de se fazer uma transição. Mas isso não é o fim do mundo. Fazer um sucessor (ou sucessores) não é tão complicado quanto se parece, desde que isso seja um trabalho contínuo e iniciado bem antes da hora H. Caso contrário, sim, pode se preocupar.

Se a empresa não estiver preparada para as mudanças na direção, as consequências podem ser desastrosas. "É fundamental montar uma estratégia para que a sucessão tenha êxito, especialmente quando a companhia é familiar. Os conflitos entre membros da família podem até derrubar a companhia", ressalta Eberson Luiz Federezzi, consultor de carreira e diretor da empresa de recursos humanos Gnetwork.

O líder que está deixando seu cargo – não importa o motivo – deve ter em mente que é preciso preparar alguém para substituí-lo e dar continuidade ao trabalho. É importante lembrar que o sucessor não pode ser qualquer um. "O profissional escolhido deve ter as competências e qualidades necessárias para exercer o cargo. O ideal é optar por algum colaborador que, além de atender ao perfil do cargo, já tenha algum tempo de casa. Conhecer a cultura organizacional facilita a adaptação às novas responsabilidades", afirma.

O sucessor deve ser treinado e conduzido para que possa dar o melhor de si. O líder tem que colocar o profissional dentro do contexto da empresa, mostrar que tem confiança nele para prosseguir com os projetos já em andamento e dar início a novas ideias. "Ninguém é insubstituível ou existirá para sempre. Por isso é imprescindível ter alguém pronto para exercer a função no momento da sucessão. Quem vai deixar o cargo deve planejar a sua saída. Afinal, treinar e deixar um novo líder preparado demanda algum tempo", destaca.

Para a transição ser tranquila – tanto para o sucessor quanto para os colaboradores que terão um novo líder – é recomendado que as mudanças ocorram progressivamente. Informar todas as pessoas que fazem parte da empresa sobre a sucessão também é de extrema importância. "Será um período de adaptação coletiva, que pode ser ou não traumático, tudo depende da maneira como o processo é conduzido. Para evitar conflitos, as responsabilidades podem ser passadas de forma gradual para o sucessor, até que o procedimento seja finalizado", observa.

Um bom líder não pode esquecer-se de transmitir os principais valores da organização para o sucessor e ajudá-lo a compreender a seriedade do seu trabalho. "Ética, compromisso, equidade e honestidade são princípios básicos e mesmo que o profissional já esteja habituado a este clima organizacional é importante ressaltá-los. Com um preparo adequado, o profissional irá atuar conforme as orientações dadas e não existirão maiores problemas com as mudanças na direção da companhia. Se houverem dificuldades é possível contratar um consultor que poderá ajudar na transição", aponta. 

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