De acordo com a empresa de
consultoria Hay
Group, ao menos 20% das pessoas ativas no mercado de trabalho estão
frustradas com o exercício do seu trabalho em suas empresas. Quando eles dizem
frustradas, referem-se aqueles funcionários dedicados e de valor, mas que são
impedidos pelos obstáculos organizacionais de utilizar todo o seu potencial, e
não do resmungão, e nem do preguiçoso desmotivado.
Como identificar as causas
da frustração generalizada, e o que fazer para gerar engajamento profissional,
é o que os autores Mark Royal e Tom Agnew buscam responder no excelente livro
chamado O Inimigo do engajamento profissional: conquiste o
comprometimento de sua equipe e elimine a frustração corporativa.
Desmitificando os termos
Antes de abordar os
ensinamentos contidos no livro, é extremamente necessário diferenciar o
significado de dois termos que frequentemente são confundidos por todos:
Frustração e Desmotivação.
Frustação, como já dito, é a
incapacidade de um funcionário altamente engajado, leal e pronto para
trabalhar, ter sucesso em uma função devido a barreiras organizacionais ou à
incapacidade de trazer a maior parte de seus talentos, habilidades e
capacidades para o trabalho.
O termo não pode e não deve
ser confundido com desmotivação e insatisfação, já que, enquanto no primeiro
grupo, os funcionários se importam com a organização e querem ajudar, mas são
impedidos, no segundo, há uma ampla massa de descompromissados com os objetivos
da empresa.
Para os autores, o comprometimento
e o esforço oferecido por empregados engajados podem ser desperdiçados caso os
gestores não tiverem o cuidado de designa-los para funções que aproveitem
totalmente seu potencial e lhes deem o ambiente de trabalho com o suporte
necessário para a realização de suas tarefas. A frustração, portanto, é inimiga
do engajamento.
Detalhando a Frustração
A frustração é gerada quando
a vontade humana busca certas realizações, mas não consegue o que quer, e
quanto maior o desejo e o obstáculo, maior o senso de frustração. Um indivíduo
vitima de frustração muitas vezes se sente impotente para mudar a situação,
pois ele atribui a culpa a fatores externos que estão além do seu controle, em
outras palavras, é quando começam a surgir às famosas desculpas esfarrapadas.
“Não foi culpa minha chegar
atrasado; são os motoristas de ônibus que estão em greve” ou “se meu marido
tivesse se lembrado de pegar o leite, eu não estaria bebendo café preto”.
Ainda é importante dizer que
as pessoas reagem positiva ou negativamente à frustração. Positivamente quando
tomam providências para remover o obstáculo, em vez de permitir que ele tome
conta dela. “Vou pegar um taxi em vez de pegar o ônibus”, “vou pegar um café
gostoso em uma cafeteria no caminho para o trabalho”.
Porém, infelizmente, nem
todas as reações à frustração são positivas. A raiva é uma negação negativa
comum, e pode assumir a forma de abuso verbal ou físico. Quando confrontadas
com a frustração, algumas pessoas desistem, e essa desistência pode assumir a
forma de retração física, psicologia ou ainda afastamento social.
A questão é: como você, ou
os seus funcionários, reagem às frustrações? Positivamente ou negativamente?
Por que os funcionários
frustrados procuram outro emprego?
“Funcionários não engajados
não querem pensar em soluções após o expediente. Em vez de pensar em inovações,
eles pensam em soluções improvisadas”.
Porque podem! Eles costumam
ter ótimas opções de carreira, pois lembre-se, eles estão subutilizando suas
habilidades e subotimizando os resultados de seu trabalho por ficarem em um
ambiente de trabalho que não lhes dá apoio, e não por serem funcionários ruins.
Ao permanecer em um ambiente assim, correm o risco de minar suas oportunidades
de progressão na carreira e de maior remuneração.
Existe ainda uma outra
questão, indivíduos orientados a realização podem sofrer de “dissonância
cognitiva”, que é o desconforto gerado quando alguém mantém duas ou mais
ideias contraditórias na cabeça ao mesmo tempo. Se seu desempenho limitado está
em desacordo com sua autoimagem de grande realizador, o conflito entre sua
identidade e o que você produz pode causar altos níveis de ansiedade.
E por que é difícil
reconhecer os frustrados?
Como normalmente apresentam
alto nível de comprometimento com seus empregos, muitos não se sentem
inclinados a se queixar da situação. Eles não querem causar controvérsia. Nada
os desagrada mais rápido do que a sensação de que a organização não entende a
situação ou parece não se importar com as exigências dos clientes.
Para resolver essa questão,
a gerência deve procurar fazer perguntas para identificar possíveis frustrações
dos empregados, como nos exemplos:
O que o impede de fazer bem
seu trabalho? Como as condições de seu trabalho poderiam mudar para ajuda-lo a
fazer seu trabalho melhor?
Vejam, trata-se de perguntas
simples, que os gestores geralmente reconhecem que deveriam acontecer, mas
muitas vezes não acontece por três principais motivos:
1 - Em algumas empresas a
diretoria não está fazendo as perguntas;
2 - Em outras ela está fazendo as perguntas, mas não está ouvindo a resposta;
3 - E em outras ainda, ela não quer nem saber disso.
2 - Em outras ela está fazendo as perguntas, mas não está ouvindo a resposta;
3 - E em outras ainda, ela não quer nem saber disso.
Como resolver o problema da
frustração?
Coloque-os em funções que
aproveitem suas competências e habilidades e permita que façam aquilo que sabem
fazer de melhor. Dê as ferramentas, tecnologia, informação, apoio e outros
recursos de que precisarem para ser eficazes. E saia do caminho.
Não coloque obstáculos, na
forma de políticas da empresa, que interfiram em sua capacidade de realizar as
coisas. E não dilua seu foco nem consuma suas energias com tarefas que não
agreguem valor
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