Não pense que não acredito
em liderança e sua importância no desenvolvimento humano, mas tive um sonho que
gostaria de compartilhar com você.
Eu sonho com o dia em que as
pessoas não precisem mais de líderes, não estou me referindo aos falsos
líderes, mas a qualquer tipo de líder.
Cada um seria o líder de si
mesmo.
Isso significa que cada ser
humano alcançou o seu ápice evolutivo comportamental e técnico, ou seja,
atingiu a excelência no que faz, está preparado para encarar os seus pontos de
melhoria, sabedor de que a perfeição não existe e a sua melhor chance de
melhoria é de livre e espontânea vontade unir-se a outras pessoas
para assim suprir as suas fragilidades sem que alguém precise lhe falar alguma
coisa.
Não haveria necessidade de
dizer o que deve ser feito, pois as pessoas saberiam o que precisa ser feito e
se antecipariam em fazê-lo.
Não haveria jogos de poder
já que todos sabem o lugar ou posição onde é mais produtiva e feliz, a pessoa
ao seu lado não competirá com você, pois ambos sabem que possuem competências e
talentos diferentes que de forma sinérgica os torna únicos para exercer a sua
função.
Henry David Thoreau, em sua
obra “Desobediência civil”, cita o lema "O melhor governo é o que menos
governa", Além disso, afirma que uma corporação não tem consciência; mas
uma corporação de homens conscienciosos é uma corporação com consciência.
Thoreau, em sua primeira
frase, alerta para quanto menor a intromissão melhor os resultados desde que as
pessoas estejam preparadas para isso como em meu sonho.
Também levanta a teoria de
que se cada um possuir a consciência do seu papel dentro do sistema saberá como
exercer melhor a sua função não existindo assim motivos para nomear líderes
para orientá-las, elas fariam isso por si só.
Nesse novo mundo utópico
cada pessoa sabe exatamente o que deseja, por isso não mais necessita de outrem
que lhes forneça respostas que ela mesma já conhece.
Esse novo ser humano que
vive em meus sonhos seria autoconsciente demais para se sujeitar a alguém, não
ser o primeiro no comando, ser apenas um útil serviçal ou instrumento de
qualquer outra pessoa já que todos estão exercendo o limite máximo de
excelência por não desperdiçar nenhum de seus talentos e competências
disponíveis.
As pessoas atingem o seu
ponto de equilíbrio e paz, pois descobrem que tudo o que necessitam e almejam
está dentro delas, basta comprometimento com o próprio desenvolvimento já que
os seus talentos brotam e frutificam ao seu redor.
É assustador pensar que o
papel do líder somente existe porque as pessoas atualmente não exercem o seu
pleno potencial de desenvolvimento, se acomodam em suas crenças e limitações
servindo ao mundo não com a sua máxima excelência, usando sua mente e coração,
mas sim como máquinas, entregando apenas os seus corpos.
Já imaginou um mundo onde as
pessoas fossem seguras o suficiente para acreditarem em si mesmas e expressarem
todo o seu potencial ilimitado em prol de um bem comum?
Não precisaríamos de
líderes.
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