Muita gente pergunta se esta ascensão da Nova Classe Média está mexendo apenas no bolso deste brasileiro?
Será que está nascendo um novo brasileiro? Acho que a resposta é que estamos mudando, e não apenas no consumo. Nesta semana, vi duas reportagens que exemplificam bem o que eu estou falando.
A primeira, na Revista Exame, com a publicação da pesquisa Exame/IBRC. Esta pesquisa nos mostra o grau de satisfação dos clientes com as empresas brasileiras. A média das avaliações, que era 63, caiu para 58,5 pontos. E a reportagem cita a ascensão da Nova Classe Média como responsável pelo feito. Ana Luiza Leal, que fez a matéria, diz que: “Agora eles não se contentam mais em ter o celular da moda, ou em conseguir fazer compras pela internet. Querem ser bem tratados”.
A segunda reportagem foi no jornal O Valor, onde é publicada uma reportagem em cima de dados do PNUD, do Tribunal Superior Eleitoral e da Confederação Nacional dos Municípios. Esse trabalho foi realizado em cima da hipótese de que se o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) muda, o voto também muda.
Vale lembrar que o IDH cresceu 47,5% entre 1991 e 2021. Esta pesquisa nos diz que, quanto maior foi o crescimento do IDH de um município, menor é a taxa de reeleição do prefeito.
Some a isso toda esta movimentação nas ruas: são milhões de brasileiros reclamando pelos seus direitos.
Teoricamente, quando um país enriquece, as pessoas ficam mais exigentes. Isso aconteceu em diversos países e diversos momentos da história. E eu acho que hoje isto está acontecendo aqui.
Fonte: Exame
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