Valores são normas, princípios ou padrões sociais aceitos ou
mantidos por indivíduo, classe ou sociedade, segundo o dicionário
Aurélio. O desafio de uma liderança está não só na interpretação
profunda dos sentimentos desses valores, bem como no seu direcionamento
ético e da sua transformação em atos.
Uma questão adicional é perguntar se liderança tem moral. Moral também explicada como conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, algo relativo ao domínio espiritual.
Anos atrás jornalistas descobriram uma carta de “valores” de uma organização que era explicitada da seguinte forma: “verdade, fidelidade, solidariedade, promover o interesse comum ao bem de todos”. E acrescentava não admitir: “mentiras, inveja, cobiça, calúnia, egoísmo e interesse pessoal”. Essa “carta” pertencia ao PCC – Primeiro Comando da Capital, uma organização no crime.
Chimpanzés de Bossou, na Nova Guiné, num experimento, mesmo muito bem alimentados iam sempre roubar comida nos alojamentos para impressionar outros machos e fêmeas. Sabemos que os valores, e o encadeamento dos valores, são os responsáveis por nossas decisões, a cada instante. E são ainda os “valores” os determinantes da mais poderosa de todas as lideranças: a invisível.
Os valores podem estar explícitos ou serem implícitos. Isso significa que a forma como a empresa age revela a hierarquização dos mesmos. Quando uma empresa explicita e divulga claramente como um valor “integridade é o alicerce para tudo o que fazemos”. Inclui honestidade, decência, consistência e coragem. Baseados nesses valores a “empresa X” lança os princípios de seu compromisso, e os escreve e divulga; está promovendo a clareza organizacional através dos sistemas humanos. Porém, para ser eficaz, a decodificação cotidiana em atos e palavras, reforçados por atitudes concretas, exige consciência e vigilância permanente.
Por que existem organizações que interpretam corretamente seus valores e com isso superam o tempo, obstáculos e ciclos econômicos? Por que em muitas, apesar de terem seus valores expostos e comunicados, falham na sua materialização? E ainda podemos observar algumas onde não encontramos nenhum documento escrito, porém suas ações reais revelam extrema coerência ao longo de um processo histórico de tempo? Para liderar contemporaneamente é vital trabalhar os valores, e sua profunda filosofia e compreensão.
Não conseguiremos êxito sem confiança, sem ambiente para debater ideias opostas, sem comprometimento, com falta de “accountability” e sem atenção coletiva para resultados. A implementação da liderança engajada à proposta de valor exige uma trilogia formada por: 1- Uma forte clareza do papel empresarial, ou seja, a área de eficácia do papel racional e emocional do contexto corporativo. Isso apresenta a missão, visão e valores dos personagens profissionais da organização. 2- O desenvolvimento de uma total emoção interior dos valores institucionais nas pessoas. 3- Uma total expressão exterior, implicando numa capacitação de comunicar os valores da instituição. Essa trilogia orbita sempre dentro das forças da razão de ser empresarial no contexto mercadológico, econômico, ambiental e social. Os 4 S’s, aplicados na forma de Simplicidade, Sensibilidade, Sorte e Superação, resumem a tática estratégica de liderar engajando pessoas à propostas de valor.
Não creio que líderes nasçam prontos para liderar. Também não creio que seja uma vontade nata. Acredito na liderança como um chamado, uma vocação, uma jornada. A princípio não queremos, não compreendemos, porém essa demanda acontece na vida em circunstâncias desafiadoras; nas empresas, quando convocados para liderar pessoas em cargos ou áreas novas; ou mesmo com filhos e na família. A consciência para a missão quando fragmentada traz os valores, o padrão das nossas decisões sob quaisquer circunstâncias. O carisma e o talento de arquiteto estrutural, organizacional e funcional formam esse ser líder, que viverá sempre enquanto viver “under construction”.
A liderança engajada à proposta de valor significará “superar criando valores dignos a partir da própria vida, sob quaisquer circunstâncias”. E, sobre “valores” fico com a definição do filósofo japonês Makiguti: os 3 B’s: Benefício, Bem e Belo.
Uma questão adicional é perguntar se liderança tem moral. Moral também explicada como conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, algo relativo ao domínio espiritual.
Anos atrás jornalistas descobriram uma carta de “valores” de uma organização que era explicitada da seguinte forma: “verdade, fidelidade, solidariedade, promover o interesse comum ao bem de todos”. E acrescentava não admitir: “mentiras, inveja, cobiça, calúnia, egoísmo e interesse pessoal”. Essa “carta” pertencia ao PCC – Primeiro Comando da Capital, uma organização no crime.
Chimpanzés de Bossou, na Nova Guiné, num experimento, mesmo muito bem alimentados iam sempre roubar comida nos alojamentos para impressionar outros machos e fêmeas. Sabemos que os valores, e o encadeamento dos valores, são os responsáveis por nossas decisões, a cada instante. E são ainda os “valores” os determinantes da mais poderosa de todas as lideranças: a invisível.
Os valores podem estar explícitos ou serem implícitos. Isso significa que a forma como a empresa age revela a hierarquização dos mesmos. Quando uma empresa explicita e divulga claramente como um valor “integridade é o alicerce para tudo o que fazemos”. Inclui honestidade, decência, consistência e coragem. Baseados nesses valores a “empresa X” lança os princípios de seu compromisso, e os escreve e divulga; está promovendo a clareza organizacional através dos sistemas humanos. Porém, para ser eficaz, a decodificação cotidiana em atos e palavras, reforçados por atitudes concretas, exige consciência e vigilância permanente.
Por que existem organizações que interpretam corretamente seus valores e com isso superam o tempo, obstáculos e ciclos econômicos? Por que em muitas, apesar de terem seus valores expostos e comunicados, falham na sua materialização? E ainda podemos observar algumas onde não encontramos nenhum documento escrito, porém suas ações reais revelam extrema coerência ao longo de um processo histórico de tempo? Para liderar contemporaneamente é vital trabalhar os valores, e sua profunda filosofia e compreensão.
Não conseguiremos êxito sem confiança, sem ambiente para debater ideias opostas, sem comprometimento, com falta de “accountability” e sem atenção coletiva para resultados. A implementação da liderança engajada à proposta de valor exige uma trilogia formada por: 1- Uma forte clareza do papel empresarial, ou seja, a área de eficácia do papel racional e emocional do contexto corporativo. Isso apresenta a missão, visão e valores dos personagens profissionais da organização. 2- O desenvolvimento de uma total emoção interior dos valores institucionais nas pessoas. 3- Uma total expressão exterior, implicando numa capacitação de comunicar os valores da instituição. Essa trilogia orbita sempre dentro das forças da razão de ser empresarial no contexto mercadológico, econômico, ambiental e social. Os 4 S’s, aplicados na forma de Simplicidade, Sensibilidade, Sorte e Superação, resumem a tática estratégica de liderar engajando pessoas à propostas de valor.
Não creio que líderes nasçam prontos para liderar. Também não creio que seja uma vontade nata. Acredito na liderança como um chamado, uma vocação, uma jornada. A princípio não queremos, não compreendemos, porém essa demanda acontece na vida em circunstâncias desafiadoras; nas empresas, quando convocados para liderar pessoas em cargos ou áreas novas; ou mesmo com filhos e na família. A consciência para a missão quando fragmentada traz os valores, o padrão das nossas decisões sob quaisquer circunstâncias. O carisma e o talento de arquiteto estrutural, organizacional e funcional formam esse ser líder, que viverá sempre enquanto viver “under construction”.
A liderança engajada à proposta de valor significará “superar criando valores dignos a partir da própria vida, sob quaisquer circunstâncias”. E, sobre “valores” fico com a definição do filósofo japonês Makiguti: os 3 B’s: Benefício, Bem e Belo.
Fonte: Revista Exame
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