Pelo menos cinco alterações
no trânsito da região central estão previstas para a cidade de Itapecerica da
Serra, a partir desta segunda-feira, dia 9 de setembro
. Os passageiros do
transporte coletivo precisam ficar atentos às mudanças dos pontos de ônibus da
conhecida Plantita (rua Antônio Lopes da Silva). O ponto das linhas que cruzam
o farol do Bandeira, Capão Redondo, Pinheiros, Tietê, Vista Alegre e Samambaia
agora passa a ser em frente à clínica Itamed. Já os destinos para Embu-Guaçu,
Engemix, Sampaio, São Marcos e Serra Linda, que antes era em frente ao Fórum
Trabalhista para o lado do Posto BR da Praça da Bandeira.
As alterações têm caráter
experimental, segundo o secretário de Trânsito, Transporte e Segurança, Cleber
Bernardes. Segundo
ele, o objetivo é garantir a fluidez no tráfego, e ainda aliviar o impacto com
a inauguração do Itapecerica Shopping, previsto para o dia 22 de outubro. De
acordo com ele, ao contrário do informado pelo promotor Gustavo Albano a
empresa “Five 5” (responsável pelas obras do shopping) precisa realizar duas
das obras de contrapartida antes da inauguração do shopping, a praça da Fonte e
o calçadão da Major Telles.
A rua Major Francisco vai
continuar só descendo, não tornando-se mão dupla. Já a rua Eduardo Roberto
Daher (Banco Bradesco) no trecho que compreende a escola municipal Belchior de
Pontes até a esquina da rua Víctor Manzini será destinado apenas ao transporte
coletivo, por meio de um corredor exclusivo. Os motoristas de veículos de
passeio podem, por sua vez trafegar pela via com destino a rua São João. A rua
Victor Manzini se tornará mão dupla, assim como a Bento Rogter Domingues.
Outra alteração será no
farol do Bandeira, onde o dispositivo passará a ser de três fases. Os
motoristas também ficam proibidos de estacionar entre os trechos que
compreendem a doceria do local até o fórum trabalhista. A rua Major Telles
passará a ser um calçadão. O trânsito da rua será desviado para a Antônio
Manoel Benedito.
“Na próxima terça-feira, 16h
a Câmara Municipal será sede de uma audiência pública convocada pela
prefeitura, com intuito de discutir com comerciantes e moradores como irá
proceder a carga e descarga do comércio e, ainda ouvir as opiniões sobre a
alteração”, explicou o secretário.
O secretário também pretende
alterar a cronometragem de alguns faróis da cidade. Na última quinta-feira, ele
realizou testes nos faróis da FIT e do Cruzeiro. “Fizemos uma pista rolante
(para quem entra na cidade, tem apenas uma mão para descer sentido centro).
Ontem invertemos para duas e deu muita fluidez no trânsito e para que funcione
efetivamente precisa da alça de acesso do Ary Batalha”, afirmou.
Segundo ele foi muito
produtivo e só será realizado mais uma vez, quando o acesso for aberto “bem
orientado e com faixas será responsável por desviar o trafego da avenida XV de
Novembro em 20 a 35%”, avaliou. O acesso embargado pela Cetesb, devido a
movimentações de terra, agora pode ser concluído, segundo o secretário. “A
prefeitura junto ao jurídico e meio ambiente apresentaram as documentações e
licenças para a Cetesb e a continuidade foi liberada”, disse.
O secretário ressaltou ainda
o empenho do prefeito Amarildo Gonçalves, o Chuvisco e secretarias responsáveis
pela busca de oportunidades e recursos para as construções da alça de acesso no
Rampas, anel viário e ainda a saída para o Rodoanel, no bairro do Valo Velho
como uma forma de solucionar 70% do trânsito do centro expandido e avenida XV
de Novembro. “A alça de acesso no Rampas está muito adiantada, porque também é
uma contrapartida da Autopista. Uma realidade não muito distante. O mini anel
viário seria o recapeamento de ruas como o Borba Gato e de vários bairros
[financiamento com a Caixa Econômica Federal no valor de R$ 37 milhões],
afirmou.
De acordo com ele essas
obras demandam tempo e articulações políticas. Cleber voltou a criticar o órgão
estatal Cetesb. Ele ressaltou que o órgão é para ajudar a destravar os
municípios e hoje, em relação à itapecerica, não é orientadora e sim engessa as
possibilidades de desenvolvimento da cidade. “A obra do acesso não tem impacto
ambiental, nascente suprimida, nada. Não dá pra entender ações da Cetesb.
Enquanto isso, para as obras do Rodoanel, foram desviados rios, nascentes,
desmatamentos e o órgão fechou os olhos”, disparou.
Cleber afirmou ter problema
grande com a Cetesb, porém defendeu que o órgão deve existir, buscar e ser
rigoroso com as documentações, mas tem que ser facilitador dos municípios,
principalmente como um município carente como Itapecerica. O secretário disse
ser contrário ao desmatamento, poluição e aterramentos, mas para preservar o
meio ambiente precisa ter “ciência de que existe um meio já e que a cidade
precisa da mobilidade das pessoas”, disse.
Ele salientou ainda que é
preciso pensar de uma forma que cause menos impacto no meio ambiente, mas que
seja agilizado essas questões, “porque embargou, atrasou, complicou a vida do
cidadão Itapecericano, aí vai atrás da documentação e está legalizado”,
finalizou.
Fonte: Jornal Na Net
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