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quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Amantes: elas contam por que aceitaram ser “a outra”
22 de setembro não é um dia qualquer no calendário: na data é comemorado o "Dia do Amante", ocasião que lembra não apenas as pessoas em relações extraconjugais, mas os envolvimentos amorosos em geral. Por isso temos uma mterial do Ig para "comemorar" o assunto.
“A gente trabalhava na mesma equipe, gostava das mesmas coisas, saía pra almoçar, ia ao barzinho depois do expediente e ele me dava carona. Até que um dia, depois do happy hour, nós ficamos juntos. E isso virou uma rotina”.
A história de Renata e seu colega de profissão até parece um romance comum, não fosse o fato de ele ser comprometido. O affair durou dois anos, período no qual ele se casou com a namorada e a engravidou. Renata, hoje com 30 anos, não via problemas em ser “a outra”, mesmo despertando olhares e brincadeirinhas no ambiente de trabalho: curtia o fim de semana sem dar satisfações – ia para a “pegação”, como define. “Ele falava que estava com a mulher por pena, mas não sei até que ponto isso era verdade”, pondera a analista de sistemas. Tudo ficou complicado, porém, quando o sentimento cresceu e Renata precisou de mais atenção: um conflito comum nos casos extraconjugais.
Histórias de amantes e paqueras no escritório assombram a imaginação das casadas. A amante é a grande vilã, a sedutora pronta para destruir lares. Do outro lado, porém, há mulheres como Renata que, sem planejar, acabaram assumindo um papel secundário na vida de um homem. Os motivos variam: amor, paixão, liberdade, carência., autora do livro “A Outra” (Editora Best Seller).
Para a publicitária Maria, 45, ser amante era bom e descompromissado. Ela namorou um homem casado por três anos, após passar por um divórcio. “A química bateu na primeira troca de olhares. Pressenti que ele era casado, apesar de não usar aliança, mas esperei que me contasse”, lembra. Ela nunca sonhou em virar a mulher oficial na vida dele – nem queria. O casal se encontrava todos os dias depois do trabalho e compartilhava momentos felizes. “Era como colocar a cabeça em férias. Acho que as coisas seriam diferentes se a gente tivesse casado”, conta.
Paradoxo de valores
Ao mesmo tempo em que participa conscientemente de uma traição, que envolve mentira e deslealdade, algumas amantes preservam valores e crenças muito próprios. Renata conheceu a mulher do amante em uma festa. “Nos encontramos mais algumas vezes e eu até me diverti com isso. Ela não era minha amiga, mas nunca o deixei falar mal dela perto de mim. Acho isso baixaria”, conta. Maria concorda que falar mal da atual esposa é sinal de falta de integridade. “Acho que a nossa relação teria terminado ali, eu ficaria decepcionada. É feio demais quando você está com uma pessoa e fala mal dela pelas costas”, diz.
Amantes fixas vão acabar?
Não existe um perfil comum de mulheres que são amantes nem traços de personalidade específicos. “Apesar dos estereótipos, não existe um tipo de mulher que é tipicamente a outra”, analisa a antropóloga. Algumas vivem essa situação como provisória, outras ainda acreditam numa possível separação, e há ainda as mulheres que temem não encontrar um novo amor.
No entanto, apesar várias faces, aquela amante para a vida toda parece estar em decadência. Mirian Goldenberg diz que a tendência é que as amantes “a longo prazo” ou fixas sejam menos comuns. “A mulher atual não quer ser secundária nem traída. Antes esposas e amantes aceitavam melhor. Hoje nem os homens conseguem conciliar duas mulheres”.
Quando chega ao fim
Renata e Maria não queriam que seus amantes se separassem das respectivas esposas – pelo menos, dizem que não. “Era um paradoxo. Eu gostava dele, queria estar junto, mas não queria um relacionamento sério. Sabia o que ele fazia, não confiaria”, explica Renata.
Mas apesar do aparente desprendimento, as amantes enfrentam dolorosos términos de relação também. Renata terminou oficialmente seu caso quando soube que a esposa do namorado estava grávida. “Achei demais, mas mesmo assim acabava rolando porque a gente se via no trabalho. Acabou mesmo quando mudei de cidade”, conta. O peso da culpa, na época, ajudou na decisão: “Para ele estava cômodo, ele era até ciumento, veja se pode! Não me arrependo, mas não faria de novo. Não compensa”, relata.
Maria conheceu outro homem com quem hoje está casada e terminou tudo com o amante pelo telefone. “Não tive coragem de dizer olhando pra ele. Foi duro dar a notícia, sinto muito carinho, vivemos momentos maravilhosos e fomos amigos”, aponta. “Normalmente eles ou elas se cansam da situação”, diz Mirian sobre o fim das relações extraconjugais.
Fonte: Ig
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