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terça-feira, 22 de março de 2011

Mudar muito de emprego pode atrapalhar futuras contratações




Permanecer pouco tempo no emprego pode ser algo mal visto por recrutadores. Instabilidade, pouco comprometimento, imaturidade e falta de objetividade na carreira são alguns dos pontos questionados pelas empresas. Renata Schimdt, diretora da empresa de recursos humanos Foco Talentos, afirma que a pessoa que muda muito de companhia precisa apresentar bons motivos para se justificar em um processo de seleção. “Tem que ser coerente. Analisar realmente o porquê está saindo. Além disso, não adianta mentir. As empresas sempre acabam descobrindo.”
Segundo Renata, é complicado um profissional mudar tanto de empresa sem antes analisar a situação. “Não há como saber, em apenas três meses, se aquele trabalho te dá perspectiva de crescimento ou agrega alguma coisa.”
A mudança de emprego em pouco tempo também pode estar ligada à geração que cada um pertence e à faixa etária do profissional. Na opinião de Luiz Romero, coordenador da área de gestão e marketing da Escola Superior de Propaganda e Marketing do Rio de Janeiro (ESPM-RJ), os profissionais mais jovens tendem a ficar menos tempo nas empresas. “Os ciclos são menores. Eles têm necessidade de mudar, entendem que o desenvolvimento depende de mais experiências.”
Renata destaca que os jovens da geração Y (de 20 a 30 anos) não têm muita paciência e querem resultado rápido. “Tive um estagiário que, em dois meses, disse que estava se sentindo estagnado. Eles querem crescer na carreira em pouco tempo. Tem que ter calma.”
Por isso, quando a mudança de empresa ocorre com frequência, a empresa também deve analisar a questão do tratamento dispensado aos mais novos. “Isso influencia muito. Os jovens estão sempre em busca de novas experiências, enquanto os mais velhos são mais conservadores”, afirma Romero.
“As pessoas buscam inovações e acabam saindo de seus empregos com mais facilidade”, conta Tânia Bueno, gerente de recursos humanos da rede de livrarias Laselva. Um comportamento que tem sido estimulado pelo aquecimento do mercado de trabalho, o que acaba gerando mais oportunidades para os bons profissionais.
Renata acredita que é dever da empresa dar suporte ao funcionário. “O chefe ou alguém de recursos humanos deve conversar com ele. Dar um feedback de como estão as coisas, mostrar o desenvolvimento.”
Currículo
Omitir dados sempre pode ser muito pior. Segundo Renata, mesmo se a pessoa tenha ficado pouco tempo nas empresas em que trabalhou, tem que colocar no currículo. “Não adianta mentir. Tem que ser verdadeiro e falar os reais motivos. Cabe à empresa apostar ou não no potencial do profissional.”
Marcelo Maulepes, diretor da Consultoria Empresarial Relatom, acredita que alguns profissionais acham que ter várias empresas no currículo vai valorizá-lo. “Eles não percebem que o único valor agregado no perfil da pessoa foi que ela experimentou a cultura de várias empresas, mas não acrescentou necessariamente nenhuma outra experiência profissional.” O foco não pode ser a empresa, mas sim as atribuições que a pessoa adquiriu com o tempo.
“Há uma certa restrição. Profissionais com esse tipo de currículo demonstram que não têm foco, não agregaram conhecimento e não têm responsabilidade. A companhia fica sem saber se poderá contar com uma pessoa que por qualquer motivo muda de empresa”, analisa Maulepes.

FONTE: IG

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