Os vereadores de Embu das Artes aprovaram por unanimidade de votos a
Lei que prevê isenção de impostos como ITBI e IPTU para as associações
de construtores de empreendimentos do projeto do governo Federal Minha
Casa Minha Vida em até 50% durante o período de cinco anos. A lei
beneficia famílias que ganham no máximo três salários mínimos. O projeto
entrou em regime de urgência e foi discutido por cinco minutos antes da
aprovação na sessão da última quarta-feira, dia 22. “Com esse projeto o
Governo Federal mostra responsabilidade que tem com o município”,
afirmou Doda.
Mais dois projetos de Leis números 20 e 21 de 2013 foram
aprovados na sessão. O primeiro é de denominação de Praça Pública no
Jardim Pinheirinho e o seguinte institui o Dia do Perdão no município.
Ao todo 20 indicações foram aprovadas e três foram retiradas da pauta,
uma do presidente Doda e outras duas do vereador Edvânio. Eles usaram
como justificativa “uma outra oportunidade para ser analisados”.
A sessão foi marcada ainda pela discussão sobre a saúde da
cidade. Os vereadores defenderam o aumento de ofertas de leito no
Hospital Geral do Pirajuçara e a instalação de um Hospital municipal,
além da procura por parceiros a fim da causa. O assunto veio à tona após
a moradora do Jardim Santo Eduardo, Luisa de Sousa usar a tribuna. De
acordo com ela o governo do Estado deixou de aplicar na saúde R$ 2
bilhões.
“Temos que fazer a diferença não só em época de campanha, ser uma
luta suprapartidária. A saúde de Embu não pode ficar desse jeito temos
que nos juntar e ir até a porta do governo”, disse Ney Santos.
O vereador Edvânio afirmou que o Estado não tem transparência,
não enxerga a situação da saúde “doente” e o HGP não está fazendo o
papel dele. Ele falou da emenda de R$ 500 mil para a saúde do então
deputado estadual, Geraldo Cruz e frisou que é necessário exigir mais
investimentos do governo Federal.
O vereador e presidente da Casa, Doda defendeu, por sua vez a
ideia de troca de vagas. “Tem especialidades que para manter são caras,
outras mais baratas. Com esse conceito não iríamos resolver os
problemas, mas sim diminuir”, opinou. Jabá apontou que o PS Infantil
está atendendo pessoas de outras cidades e Luiz do Depósito afirmou que a
prefeitura está fazendo demais pela saúde.
O vereador de São Paulo, Masataka Ota (PSB) também fez um
discurso emocionado na tribuna popular. Ele defendeu o projeto de Lei
que institui o dia do Perdão na cidade, de autoria do também vereador
Pedro Valdir. A data será celebrada em 30 de agosto, dia em que o filho
do parlamentar, Ives Ota, foi assassinado há 15 anos. Ele disse que
perdoar não é fácil e que precisou de muita oração para conseguir
perdoar os três assassinos de seu filho. E foi Deus quem deu essa força
para ele ir até o presídio, em Jaguaré, e pedir perdão aos três. “Não
senti raiva, o perdão foi a melhor coisa que eu fiz, porque era ele quem
destruía minha vida, família e me fazia ter vontade de não mais viver. O
ódio faz com que você se transforme em um monstro”, afirmou.
Ota disse ter certeza que com o Dia do Perdão todos vão perceber a
mudança grande na mentalidade das pessoas “que hoje matam por qualquer
coisa” e “vamos viver em um país sem violência com paz, amor e respeito
ao próximo”. O vereador ressaltou que seu filho é um grande mestre para
ele. “Não levamos nada nessa vida, seja justo, faça com que o país seja
sério e perdoe”.
Doda afirmou que com o discurso de Ota as pessoas que assistiram a
sessão na câmara terão um conceito do que realmente significa perdão. O
projeto foi aprovado e logo depois as indicações foram votadas em
bloco.
Fonte: Jornal Na Net
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