Com intuito de garantir a formação e capacitar os catadores de
material reciclável da cidade de Embu das Artes a prefeitura da cidade
assinou o “Termo de Parceria” com o Instituto Ecoar. A assinatura
aconteceu no Parque do Lago Francisco Rizzo, na última sexta-feira (24).
Na ocasião diversos catadores participaram do lançamento do projeto
“Fortalecimento e Organização dos Catadores de Material Reciclável da
Região Metropolitana Oeste de São Paulo” durante todo o dia.
O objetivo do projeto é dar formação para mais de 803 catadores,
por meio de diversos temas que serão trabalhados, entre eles: o
cooperativismo, as questões das doenças do trabalhador, autogestão,
questões administrativas, operacionais e ambientais entre outras. Nesse
projeto serão beneficiadas as cooperativas das cidades de Embu das
Artes, Cotia, Itapevi, Santana de Parnaíba, Taboão da Serra, Osasco,
Itapecerica da Serra, Carapicuíba, Jandira e a região oeste da cidade de
São Paulo.
O secretário de Meio Ambiente da cidade Embu, Geraldo Juncal
Júnior lembrou em sua fala que já trabalhou na região do Campo Limpo em
urbanizações de favela e disse ser necessário o resgate de políticas
públicas para inclusão da população que ainda vive na rede da pobreza.
Juncal defendeu ainda a construção de políticas de resíduos sólidos, a
busca pela sustentabilidade e um trabalho na linha de coleta seletiva.
“O envolvimento das entidades trará avanços e conquistas às
cooperativas”, afirmou.
Na ocasião o Parque promoveu palestra ministrada pelo professor
Paul Singer, autor e co-autor de mais de 20 livros sobre economia. De
acordo com ele esse projeto é um modelo a ser copiado por muitos. Irá
proporcionar uma troca de informações e ajuda mutua, com muita
responsabilidade, uma vez que cada um tem caráter e preferências
próprias. Singer afirmou que a alma desse projeto é a economia solidária
onde é permitido o direito de opinar.
E ressaltou sobre os dois principais desafios que a categoria ainda precisa enfrentar e superar, o número de 90% de catadores ainda não organizados – moradores de rua, lixão, saindo na sorte para sustentar a família e ainda, que o catador não venda mais os resíduos sólidos que recolhem nas ruas, mas sim transformem em objetos que tenham valor. “Com apoio do Ministério da Cultura seja ministrados cursos para garantir que vocês usem o que catam para ter padrão de vida decente”, afirmou.
E ressaltou sobre os dois principais desafios que a categoria ainda precisa enfrentar e superar, o número de 90% de catadores ainda não organizados – moradores de rua, lixão, saindo na sorte para sustentar a família e ainda, que o catador não venda mais os resíduos sólidos que recolhem nas ruas, mas sim transformem em objetos que tenham valor. “Com apoio do Ministério da Cultura seja ministrados cursos para garantir que vocês usem o que catam para ter padrão de vida decente”, afirmou.
Roberto Rocha, o presidente do Movimento Nacional dos Catadores
de Material Reciclável afirmou que o primeiro passo foi dado, mas a
responsabilidade da continuidade do processo “é de todos vocês. Para que
a rede dê certo e possa avançar”, afirmou. Ele aconselhou que a
participação de todos é essencial sem desanimar. “Nosso papel é não
desistir e discutir questões em coletivo, sem formação de ‘rodinhas’.
Esse é um momento de fortalecimento”, frisou.
Os catadores mostraram-se felizes com a conquista. Discursaram em
prol de melhorias de condições de trabalho, aumento de renda e
diminuição de esforços físicos com uso de equipamentos adequados.
“Começamos a caminhar e isso deve ser feito todos juntos para avançarmos
e conseguirmos crescermos juntos”, afirmou a presidente da Rede Verde
Sustentável formada também no evento, Rosa.
Ainda durante o lançamento do projeto, uma assembleia para a
constituição da Cooperativa de Segundo Grau “Rede Verde Sustentável” foi
ministrada. A cooperativa tem como foco novos cooperados e a
comercialização de materiais reciclados.
Embu das Artes já tem sua cooperativa. O Programa de Coleta
Seletiva e a Cooperativa de Reciclagem de Matéria-prima de Embu
(Coopermape) começou em 1997 quando um grupo de catadores que trabalhava
no aterro sanitário iniciou as atividades que continuam até hoje,
beneficiando mais de 40 pessoas.
Fonte: jornal na net
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