A área da saúde nos municípios de Itapecerica e Taboão da Serra tem recebido duras críticas. Os pacientes reclamam da demora no atendimento, da falta de ambulâncias, e da dificuldade de marcarem consultas, em especial na área de pediatria, como é o caso da Unidade Básica do Potuverá, às margens da Rodovia Régis Bittencourt. A dificuldade para conseguir um leito no Hospital Geral do Pirajuçara também é motivo de reclamações entre eles.
“Fui a UBS do Potuverá, no início deste mês, a consulta da minha sobrinha foi cancelada por falta de médico e remarcada para fevereiro. A alegação deles é que o Dr. José Martins estava afastado”, afirmou o tio da pequena de apenas 10 meses, em forma de anonimato.
A reportagem em contato com a autarquia de saúde foi informada que o médico José Martins não está afastado, tanto é que em um dia, antes do feriado atendeu 40 pacientes. “O que acontece é que a agenda dele está cheia até dezembro. Dia 3 será aberta a agenda pra janeiro”, disse uma funcionária da pasta.
Ela completou afirmando que a outra doutora que atende na unidade, está de férias e só tem agenda agora com ela, em janeiro. A UBS conta somente com dois pediatras, segundo apurou a reportagem.
A falta de ambulâncias e a quebra delas foi alvo de críticas do vereador Olívio Nóbrega, na última sessão da Câmara Municipal, terça (13). Ele acusou o prefeito Evilásio Farias de não cumprir com o que fala e ainda disse que uma família esperava desde segunda-feira para conseguir uma vaga de internação, quando conseguiu, não tinha ambulância para transportá-los.
“A vaga foi cedida, mas a ambulância não. Os parentes que tiveram que socorrer o familiar. O Samu está sem manutenção e combustível, só tem uma ambulância funcionando e as outras paradas no pátio. O dinheiro foi gasto, mas as ambulâncias não foram arrumadas. Há apenas uma ambulância para socorrer 250 mil habitantes”, afirmou.
Foram quinze minutos dentro do PS do Antena e a reportagem constatou o desespero de uma mãe, que clamava por uma vaga de leito no Hospital Geral do Pirajuçara. A atendente dizia: “estamos tentando, mais três vezes, o Hospital negou o leito”. A mãe, inconformada desabafava: “ela não pode mais esperar, algo pode acontecer e não temos condições de levá-la para outro lugar”.
Essa é a situação em que vivem muitos dos pacientes. Se quiserem marcar consultas, ainda esse ano, precisam madrugar e enfrentar uma grande fila para passarem com os médicos. A falta de leito, por sua vez, já foi amplamente discutido entre as cidades da região, por meio de reuniões do Conisud.
O portal tentou contatou com a prefeitura da cidade, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno em relação à falta de ambulâncias no município de Taboão.
Fonte: Jornal Na Net
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