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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
O paradigma do trabalho e a geração Y
Diante de tudo o que tenho lido sobre a geração Y, seus comportamentos, suas vontades e suas atitudes, percebo que, talvez, estejamos diante de um novo movimento.
Durante muito tempo os filhos viram seus pais voltarem para casa acabados, como se estivessem voltando da guerra. Era quase isso. "Pai, onde você estava?" "No trabalho, filho!" Voltavam da labuta diária, do trabalho.
Muitas vezes irritados, estressados, sem forças para que pudessem fazer qualquer coisa, quanto mais dar atenção aos filhos. E vendo isso, qual a imagem que se criava na cabeça das crianças: a de que o trabalho era um lugar aonde as pessoas iam e voltavam infelizes, cansadas demais! E essa imagem vem sendo carregada por gerações, até os dias de hoje. Muitas pessoas ainda vivem isso, pois diretores, gerentes, principalmente, de grandes empresas, são pessoas que trazem consigo essa imagem de trabalho conflitante com o bem-estar.
Porém, graças à tecnologia e à implacável evolução, as pessoas querem mudar. Os jovens de hoje não aceitam mais situações em que se obriguem a sofrer. E se nos variados ambientes é assim, por que não o seria no trabalho?!
Frequentemente, temos notícias de empresas que usam dos mais diversos artifícios para que seus colaboradores sintam-se mais motivados, ou talvez, menos "deslocados" de seus "ambientes naturais". Salas de jogos, roupas (bem) menos formais, skates deslizando salas a fora, ambientes de leitura, e até mesmo, permitindo que levem seus animaizinhos de estimação para fazer companhia no trabalho. É um novo conceito empresarial, pensado para receber pessoas que querem estar bem, em todos os lugares, inclusive no trabalho.
Nesse cenário, uma reflexão sobre todas essas mudanças levou-me a pensar: e por que não? Por que o trabalho precisa ser sofrível? Por que temos que ser infelizes por ter que ir trabalhar? Não, o trabalho não precisa, e não deve ser um sacrifício! Ele faz parte da nossa vida, e irá nos acompanhar por boa parte da idade adulta. Então, por que não fazer dessa companhia uma companhia agradável, prazerosa! Esse é o gás da produtividade nos dias de hoje.
É isso, a geração Y vem aí para quebrar o paradigma do trabalho, não aceitando que este seja um local desagradável, sem atração! E isso está gerando conflitos de percepções, entre os mais jovens e os não tão jovens. Mas o que se sabe é que as empresas precisam adaptar-se para receber essas pessoas, tanto mentalmente, quanto estruturalmente. Algumas já estão saindo na frente, e talvez, essas sejam as empresas do futuro (sempre lembrando que hoje, a perspectiva de futuro é muito mais breve do que há 10 anos...!).
Sabe-se, também, que todos, de todas as gerações, precisam colaborar para que esse encontro dê certo. E ninguém disse (e nem eu digo!) que isso será fácil, mas também não é impossível. Gerar um ambiente agradável, de fácil adaptação, onde o relacionamento entre as pessoas e o bem-estar delas esteja sendo sempre visado já é um belo início. Chega de "queda de braço" entre experiência e inovação! As pessoas precisam aprender umas com as outras, tornar os relacionamentos mais contribuíveis para ambas as partes, e fazer com que isso culmine em produtividade, em busca dos objetivos da empresa, equilibrando com as expectativas de vida dos indivíduos.
Apesar de esse ser um dos assuntos do momento, "a famosa geração Y", penso que deve ser tratada de forma mais séria. São essas pessoas que farão o mundo andar daqui para frente. Não devem ser encarados como "aliens", não! Enquanto empresas, precisamos entendê-los, atraí-los de alguma forma e, acima de tudo, respeitá-los. É essa a mão de obra que está disponível, e está aumentando... Não devem ser encarados como mais "uma onda a ser surfada"!
As empresas querem inovação, criatividade, dinamismo, produtividade... Ótimo, temos gente disposta a isso. Mas precisamos preparar o ambiente para receber essa "nova gente". Esse encontro pode (e terá que) dar muito certo. Basta um consenso de entendimento: as pessoas precisam das empresas! E as empresas precisam das pessoas! Simples assim!
Fonte: rh.com.br
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